O maior legado dos Jogos do Rio 2016 será o brutal crescimento dos esportes de base. As Olimpíadas farão com que as crianças de todo o País se interessem cada vez mais pelos esportes, sonhando um dia também chegar ao pódio.

O futebol, por exemplo, é uma paixão nacional porque Pelé e Garrincha comandaram a Seleção ao bicampeonato mundial. Depois o time do Santos foi bi-campeão mundial.

Outro exemplo foi quando ficamos tricampeões em 70; depois quando clubes como São Paulo, Grêmio e Flamengo ganharam o mundial de clubes. Houve uma febre atrás da bola por todo canto e a camisa desses clubes passou a ser a segunda pele de muito garoto e garota (guri e guria).

O outro legado será a questão educativa em relação ao maio ambiente. Ficou provado que o maior culpado pela poluição da Baía da Guanabara foi o homem, depois as autoridades que só pensam em votos, holofotes e não fazem as coisas politicamente corretas.

Fazer a coisa certa não gera aplausos oportunistas, é iminência de desgaste agora. Foi só apanhar um pouco da mídia mundial que fecharam os despejos de dejetos na Baía e colocaram guardas cuidar dos mal educados que jogam lixo no mar. Pelo menos camuflaram o problema e a origem dele foi escancarada.

Os demais legados: o que ficou em obras, o aumento de turistas, a boa imagem passada e a capacidade do País de empreender, sempre é algo normal depois de toda Olimpíada.

Os críticos dizem quer fizemos mal e porcamente o dever de casa, quando a obrigação era chegar quase à perfeição. Ainda bem que o povo nas arquibancadas foi o maior protagonista; fez a melhor parte. Até foi criticado porque levou a cultura louca (do bando de loucos) dos estádios de futebol para os Jogos Olímpicos que às vezes dependem de concentração.

Contudo, ainda vamos sentir os efeitos dos altos gastos necessários para um evento dessa envergadura. Em Londres houve legado, porém, ficaram alguns monstrengos e elefantes brancos, pouco úteis. Para nós, esse evento não era lá grande prioridade. Mas valeu porque mostramos as belezas do Brasil, descobrimos a força e a riqueza de nossa cultura popular e as chicotadas despertaram-nos para cuidar melhor do fundo do quintal. Se bem que ainda virão muitos dividendos.

Quanto aos protagonistas das quadras, areias, ruas e águas, eles merecem o reconhecimento. Os atletas são a essência de qualquer esporte. Sem eles não haveria Jogos Olímpicos. Elevaram nossa colocação anterior para o 13º lugar. Mas vamos de vagar na idolatria. Afinal, não fizeram mais do que a obrigação. O palco foi montado para eles brilharem. Agora ganharão muito por isso e é legítimo. Deveremos dar alguns aplausos porque se defenderam com relativo brilho!