Fonte e foto: Jornal do Mate Paranaense
RELEMBRANDO HISTÓRIAS POPULARES
O imaginário popular e histórias contadas no Sul do Brasil sedimentaram, de três monges profetas que viveram no Sul, um lendário São João Maria.
Até as pessoas idosas dos anos 1940 e 1950 comentavam seus feitos.
História – I

– Eu o vi passar por aqui. Você esteve diante de um homem santo! Ele é um profeta e quem guardar seus ensinamentos não perecerá!
Fonte: Jornal do Mate Paranaense (publicado no Facebook, em 17 dez 2017
Explicações
Do século XIX à metade do século XX, época de muitas transformações sociais no Brasil, histórias e lendas revelam a existência de pelo menos três monges que teriam vivido também no Sul do Brasil.
O imaginário popular e as histórias contadas sedimentaram, de três monges profetas que teriam vivido no Sul, um lendário São João Maria.
Este nome até as pessoas idosas dos anos 1940/50 comentavam.
Os relatos são da existência de três monges profetas: João Maria De Agostini, João Maria de Jesus e João Maria de Santo Agostinho.
Eles teriam se notabilizado no messianismo, no curandeirismo e também na articulação do povo em guerras.
Uma delas foi a Guerra do Contestado, entre Paraná e Santa Catarina, no século passado.
Colonos realizaram um levante contra a desapropriação de uma faixa de terras de uns 30 km de largura, muito rica em madeira (araucárias) e erva mate, no trecho Paraná-Santa Catarina.
É por onde passa a ferrovia Paraná-Santa Catariana-Rio Grande do Sul.
Um monge teria exercido muita influência junto aos combatentes do lado dos colonos: João Maria.
Da metade do século passado para cá o povo transmitiu de geração para geração o nome de São João Maria, considerado “O Monge Santo”.
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REVOLUÇÃO FARROUPILHA: O Levante do Sul contra o Império
NOS DIAS ATUAIS, TODO ANO, EM SETEMBRO, NA SEMANA FARROUPILHA, CTGs DE SC E RS COMPARTILHA A CHAMA CRIOULA (FOGO SIMBÓLICO). O ENCONTRO SEMPRE É NA PONTE DO RIO PELOTAS, DIVISA DESSES ESTADOS.
CHIMARRÃO: SÍMBOLO DE HOSPITALIDADE PARA O GAÚCHO
Não faz muito sentido tomar chimarrão sozinho, diz ele. É bebida amarga mas que tem sabor de solidariedade.
Numa roda de chimarrão entre amigos a distância ideal entre eles é o comprimento do braço. Barbosa Lessa e Paixão Cortes nos ensinaram isso.
O chimarrão é uma bebida amarga, mas que pode ser adoçada. Na versão amarga, simbolicamente, ele pode ser adoçado com a solidariedade. Aqui no Brasil é mais consumida no Rio Grande do Sul. Mas também faz parte da cultura e é muito apreciada nos Estados de Santa Catarina e do Paraná.
Os outros três países do Cone Sul (Uruguai, Argentina e Paraguai) também apreciam a bebida.
A história de sua origem é quase uma lenda, pois carece de comprovação científica. Pelo menos não encontrei. Dizem os estudiosos que o primeiro registro de humanos tomando chimarrão foi na beira do Rio Iguaçu, região de Foz do Iguaçu, divisa com o Paraguai. Índios tomavam chimarrão que foi batizado de Tererê, pois era com água fria, colhida no rio.
Autores que abordam o assunto o consideram um hábito cultural muito importante, capaz de aproximar as pessoas. Logo, tem a função de estimular a amizades, aproximar pessoas, fazer amigos.
Na tradição gaúcha é um dos elementos mais presentes. Quase um ritual sagrado. É tão importante quanto o cavalo, a música, a dança, o acordeom, o CTG, o galpão, o fogo de chão e a fazenda.
A literatura mais recente é de José Atanásio Borges Pinto. Ele escreveu o Dicionário Poético Gaúcho Brasileiro. Nesse trabalho, dedicou duas páginas ao chimarrão.
Diz lá, em poesia: Chimarrão – diz-se do mate amargo. “Mateio vida e destino, nas horas de solidão, cravando os olhos, bem fundo, na cuia de chimarrão. Sarandeiam labaredas, neste meu fogo de chão e as lembranças caborteiras, misturam-se sorrateiras, no meu mate chimarrão”.
Em Espanhol – “Chimarrón que vas filtrando, em la magia de tu verde, el lucero que se pierde, y el alba que va llegando”.
Barbosa Lessa, em todas as suas obras, sempre reservou um espaço para falar do chimarrão. É um elemento que atravessa gerações, muito importante para cultivo da tradição gaúcha.
A foto é da Região das Missões, entre RS, Uruguai e Argentina.
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