O PREFEITO QUE DAVA RAZÃO PRA TODO MUNDO – Dava razão até à Primeira Dama…

O PREFEITO QUE DAVA RAZÃO PRA TODO MUNDO – Dava razão até à Primeira Dama…

 

AGRADAVA OS DOIS LADOS

E se a primeira dama reclamasse dele ter ficado sobre o muro, também arranjava uma saída.

O mais celebre dos prefeitos de Lages/SC, Seu Vidal Ramos, era capaz de agradar os dois lados. Acendia uma vela para cada santo.

Certa vez havia uma bronca num dos distritos envolvendo a diretora da escola. Os líderes políticos locais dos dois lados vieram em comitiva ao gabinete do prefeito. Como ele estava em casa, foram até lá.

O pessoal que chegou antes não queria a diretora atual e a nova indicada não assumia nunca.

O refeito, então, prometeu: – Na semana que vem estará tudo resolvido, a nova diretora assume, vocês têm razão!

Dali um pouco, chegou a outra delegação querendo o couro do prefeito. O pessoal tirava satisfação do porquê trocar a diretora.

Mas o Seu Vidal não se apertou: – Vou resolver isso já. Está mantida a diretora de qualquer jeito! Podem ir pra casa, tranquilos. Vocês estão cheios de razão!

Aí a primeira dama, que assistia a tudo, observou: – Nossa, Vidal! Tu da razão pra todo mundo. Disse à primeira comitiva que ela tinha razão. Agora diz a outra também tem razão. Fica sempre encima da taipa, Vidal!

O prefeito: – Sabe que tu tens razão, mulher!

 

 

NOS ANOS 1980 UM PREFEITO DO SUL TROCOU ATÉ O DECRETO DE CALAMIDADE PÚBLICA POR DECRETO DE “UTILIDADE PÚBLICA” DE TANTA PRESSA PARA RECEBER RECURSOS DO ESTADO.

Na década de 80 um prefeito da Serra Catarinense sofria muito com as cheias do Rio Canoas. Um repórter – dos bons – descobriu um ângulo ‘louco de especial’ para imagens de suas reportagens.

O cinegrafista se esmerava e fazia dar a impressão de que quase toda a cidade estava alagada. As matérias iam todas para o ar, de certeza.

De olho nos recursos do Estado e na divulgação da cidade, o prefeito ficava eufórico!

Antes de uma das próximas reportagens, esse repórter ligou para o prefeito e perguntou: muita água por aí, prefeito?

Ele: – Nossa! Muita! Tudo debaixo d’água!…

E acrescentou: até liguei pro presidente da associação dos municípios para saber se eu poderia decretar “Estado de Utilidade Pública”. O presidente até me corrigiu, dizendo: “não é Utilidade é Calamidade Pública”.

E ainda me disse que é preciso muita casa alagada para justificar essa tal de calamidade.

O repórter: – e daí, prefeito?

Ele: – Decretei assim mesmo. Se Deus quiser chove mais esta noite e alaga mais umas 100 casas!…

 

É que o decreto de calamidade possibilita mais acesso a recursos estaduais e federais.

Então os prefeitos ficam ansiosos para decretar logo o Estado de Calamidade Pública.

 

 

 

 

 

 



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