---

Texto: Eron J Silva

 

O SUSTO DE NEREU RAMOS, AO SE ARMAR TIROTEIO EM COMÍCIO –

 

Os comícios dos tempos de PSD e UDN, em Lages, SC, quase sempre terminavam em tiroteio.

Em Capão Alto, um distrito, os comícios geralmente acabavam em briga.

 

Certa vez, o saudoso e então governador, Nereu Ramos, fazia o discurso de encerramento de um comício e, de repente, cochicharam em seu ouvido:

– “Dr Nereu, a turma da UDN está querendo acabar com o comício; e estão armados até os dentes!..”.

Nereu diz:

– “Avisa o prefeito para esperar com o carro aqui atrás – com as portas já abertas e o motor funcionado – vou encerrar já…”.

Assim que o Nereu terminou e entrou, o motorista perguntou:

– “Dr Nereu, qual a velocidade que o sr quer na saída?”

O Nereu:

– “Não muito rápido que pareça covardia, mas, também, nem tão lento que possa parecer provocação…”

 

 

Anterior

Prefeito pede SAL ao governador, mas vem CAL…

 

Um ex-prefeito de SC mandou um bilhete ao então saudoso governador Nereu Ramos pedindo SAL para os bois dos pecuaristas mais carentes.

Na mensagem estava escrito lá:

– “Dotor Nereu, favor mandá 1 o 2 saco de cal. (Quis dizer 1 ou 2 sacos de sal)

Saudações!

Seu amigo prefeito!…“

 

O pessoal estranhou e foi alertar que era sal, não cal.

O prefeito nem deixou falarem direito e disse:

– “O Dotor Nereu conhece minha letra, pode mandá assim memo”.

 

Qual não foi o espanto, em um mês, ao chegarem 102 sacas de CAL…

 

Foram ao gabinete, mostraram o bilhete.

Ele olhou e gritou:

– “Minha Nossa do Céu!….

Mas como fui esquecê do risquinho debaixo do “Ç” do ÇAL!…”

 

 

Prefeito troca, calamidade pública por utilidade pública…

 

Os municípios da Serra Catarinense foram duramente atingidos pelas cheias de 1983.

Um dia, um deles ligou para o presidente da associação de municípios e perguntou se poderia decretar “ESTADO DE UTILIDADE PÚBLICA, em virtude das cheias.

O presidente o corrigiu:

– “Não é decreto de utilidade pública, é de calamidade pública”.

Aí o prefeito insistiu:

– “Será que posso decretar essa tal de calamidade pública, então ?”

O presidente:

– “Há muita casa alagada aí”?

O prefeito:

– “Já tem umas 100″…

Reforçou o presidente da associação:

– “Mas é muito pouco alagamento”.

O prefeito:

– “Não tem problema, acho que chove mais um pouco esta noite e alaga mais umas 100″…

“- Vou decretar assim mesmo!”… 

 

 

ANTERIOR

 

A importância do burro no traçado rodoviário na era pré-engenharia

 

AS PROEZAS DO BOI DE BOTAS

 

O Boi de Botas e o Engenheiro

Quando estavam construindo a BR-282, em SC, uma obra que demorou quase 200 anos para ser concluída, um desses figuras locais chamados de Boi de Botas, curioso com tanta medição, começou a fazer perguntas ao Engenheiro Responsável:

Por que tanta complicação assim pra fazer esse tal de projeto de vocês?

O Engenheiro: para estudar e definir o traçado por onde vai passar o asfalto.

O boi de botas: nós aqui fazemos estrada sem tanto estudo e frescura assim.

Mas como fazem, perguntou o Engenheiro?

Nós amarramos uma lata no rabo de um burro e chegamos a soiteira.

Ele se manda morro acima e morro abaixo, desviando as pedras.

Aí nós fazemos a estrada por onde ele passou.

O Engenheiro: mas quando não tem o burro como vocês fazem?

O Boi de Botas: aí nós arranjamos um Engenheiro…

 

 

Migrante polonesa vira balconista e se enrola na linguagem

 

No anos 60 houve forte migração de colonos de origem polonesa e italiana do Rio Grande do Sul para o Sudoeste do Paraná.

A maior dificuldade dos colonos de origem europeia era se comunicar em Português.

Os migrantes poloneses entendiam as palavras só no sentido literal ou falavam frases invertendo a posição das expressões.

Veja:

A vendedora balconista polonesa

 

Em Ampére/PR, sobrou o trabalho de balconista a uma senhora de origem polonesa.

O patrão orientou para ela não perder venda a nenhum cliente. Caso não tivesse um produto, era para oferecer um similar.

– “Não quero ver nenhum cliente saindo sem comprar alguma coisa”, disse o proprietário do armazém…

Então a vendedora não deixava o cliente sem alternativa. Queria vender de qualquer jeito…

Chega o primeiro cliente: – a senhora tem batata?

Ela: só tem batata em barbante. (Ela quis dizer mandioca…)

Próximo cliente: – A senhora tem rebolo?

Ela: Rebolo não tenho, mas tenho queijo…

 

Veja só, agora, o diálogo entre um casal de origem polonesa:

Chegou um pessoal da prefeitura que consertava a estrada por perto e o tratorista pediu água bem fresca…

“Traz uma água daí, “véia bem frésca…”

Ela: Mas por que não faz “um chimarom, véio bem quente”…

Ele: Mas agora não tem lenha pro fogo, “véia partida…”

Ela: Tem sim alguns paus ali, “véio meio pódre…”

 

~~~~~~~~

 

 

MISTURANDO BÚFALO COM BOI

Um dos grandes prefeitos de Santa Catarina realizou uma campanha bem sucedida para ajudar os flagelados de uma enorme cheia, em 1983:

 

 

---