Hoje à tarde o Congresso elegeu os presidentes das suas duas Casas.
Foram reeleitos, Arthur Lira (PP-Al), para presidente da Câmara, e Rodrigo Pacheco para presidente do Senado.
Lira recebeu 464 votos (recorde) contra 21 e 19.
Rodrigo Pacheco (PSD-MG) fez 49 votos contra 32 de Rogério Marinho (PL-RN).
O número de 49 votos é o limite mínimo para aprovar uma PEC no Senado.
Na sequência, já tiveram início as negociações para definição e eleição dos demais cargos integrantes de ambas as mesas diretoras.
PARLAMENTO:
CÂMARA E SENADO ELEGEM PRESIDENTES DAS 2 CASAS
HOJE (1) foi um dia em que se respirou política em todo o País.
Com um sistema de Presidencialismo, que mais parece um Parlamentarismo, a eleição das mesas da Câmara e do Senado é um fato que atrai todas as atenções.
Na Câmara, o deputado Arthur Lira (PP-AL) foi reeleito com um recorde: 464 votos.
A marca máxima anterior foi 434, mas num caso de candidatura única.
Já, no Senado, o atual presidente, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), também era favorito destacado à reeleição, mas já encontrou certa resistência.
Rogério Marinho (PL-RN) foi o candidato da oposição e fez 32 votos, sendo que esperava mais de 40.
Eduardo Girão (Podemos-CE), retirou a candidatura na última hora.
Reflexão
A IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA PARLAMENTARISTA NO BRASIL PODE SER INEVITÁVEL
Com um Congresso cada vez mais fortalecido, a implantação do parlamentarismo no Brasil deve ser uma questão de tempo.
Toda vez que assume um novo presidente da República, ele tem que formar uma super base no Congresso, caso contrário não governa.
Editorial
Eron Portal
Já na formação do seu colegiado (o ministério) todo novo presidente já precisa pensar em negociações visando consolidar uma forte base parlamentar.
No primeiro ano de seu mandato o eleito geralmente já enfrenta enormes desafios, até porque tem que começar a entregar o que prometeu em palanque.
É o caso atual que tanto devido à crise sanitária como à crise econômica pela conjuntura mundial, no Brasil o governo já começa 2023 com uma pesada agenda.
Com isso, logo após o presidente se estabelecer no Palácio do Planalto, o Congresso já é chamado a dar respaldo a tudo.
E é aí que entra uma base parlamentar daquelas que podem dizer: “a maioria vota; a minoria grita…”
Hoje, o Legislativo já é mais forte que o Executivo e a tendência é ser cada vez mais.
Então, é óbvio que tudo se encaminha para um Parlamentarismo, porque o Presidencialismo se tornou algo ultrapassado.
O presidencialismo no Brasil é mais por uma questão histórica e cultural; é preciso se viver inventando moda para funcionar.
FUNDAMENTAÇÃO
Com mais de 30 partidos a tendência é espalhar cada vez mais os eleitos.
Daí a dificuldade para o presidente eleito reunir parlamentares em suas fileiras.
Texto: Eron J Silva
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