O DESTAQUE É A BOA ARRANCADA DAS REFORMAS, O PACTO FEDERATIVO E AS OBRAS EM LAGES.
Já marcou uma entrevista para falar sobre seu futuro político e o relacionamento com o Governo do Estado.
Já adiantamos que ele será candidato à reeleição.
Somente isto não se confirmará caso a eleição se encaminha para a bi polarização.
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O QUE DEMOS ANATES
CERON DEFENDE FORTALECIMENTO DOS MUNICÍPIOS E FALA SOBRE SEU FUTURO POLÍTICO
Entrevista publicada na página 19 de O Momento, edição do dia 27/09.
O prefeito Antônio Ceron nos concedeu uma entrevista exclusiva em seu gabinete. Logo foi dizendo que, apesar das dificuldades, está feliz porque já cumpriu boa parte de seu plano. Mas só irá sossegar quando ver cumprida a última promessa de campanha.
Falou com orgulho de ter implantado um jeito novo de gerir a Prefeitura onde não há jeitinho porque a Lei está acima de tudo. Pouco falamos em política, contudo, espera que seja feito logo o Pacto Federativo e as reformas urgentes.
Sobre seu futuro político, desconversou, dizendo que sua determinação foi a de exercer um só manto. Até admite discutir a hipótese de alçar outros voos.
Leia a seguir:
Eron J Silva – O SR está satisfeito com os resultados de sua gestão até aqui?
Ceron – É evidente que ao se sentar na cadeira de prefeito a realidade é outra. Porém, já cumprimos grande parte de nossos compromissos de campanha e a maioria do restante já está em andamento. Reputo como ponto importante a implantação de uma nova postura na Prefeitura: o respeito às pessoas e ao dinheiro público. Em nossa administração não existe o famoso “jeitinho”. Tudo acontece dentro da lei e da moralidade.
EJS – Poderia enumerar as promessas já cumpridas?
Ceron – Pegamos a Prefeitura com uma dívida de curto prazo (no caixa) de quase R$ 40 milhões, já praticamente zerada. E isso foi feito com a máquina andando normalmente. Mesmo num quadro adverso, realizados várias ações, algumas que nem estavam entre nossas propostas. Resgatamos a obra da UPA, os projetos de duas unidades de saúde, os medicamentos gratuitos já estão regularizados, reformamos escolas, pavimentamos umas 20 ruas do TC, já licitamos revitalização do Centro, iniciamos a reforma do Marcado Púbico, treinamos todos os servidores para mais qualidade no atendimento e reduzimos a máquina pública.
EJS – Quais as ações que mais causaram impacto?
Ceron – Seria difícil precisar quais, pois algumas tiveram o mesmo peso. Mas entendo que a conclusão da UPA, obra que estava quase perdida, a redução da máquina em mais de 10 secretarias, a criação da Secretaria das Políticas da Mulher, a conclusão do projeto Araucária e a solução da dívida se destacam.
EJS – Qual a importância da unidade da Berneck?
Ceron – Primeiro, a geração de mais de 500 empregos, o incremento na arrecadação, a transformação da matéria prima dos reflorestamentos em riquezas e desenvolvimento, atração de novas indústrias satélites e a alavancagem das locais que prestarão serviços.
EJS – Qual o impacto da crise econômica nacional? Atrapalhou?
Ceron – Claro! Estagnou a Economia local, afugentou investimentos pelo temor quanto à instabilidade das regras no Brasil e os projetos públicos que não saíram mais do papel. Espero que se eleja um presidente que tenha visão do macro e que invista mais nos municípios, que estão mais próximos dos problemas do povo. Precisamos, urgente, de um Pacto Federativo.
EJS – O que o Sr. quer dizer com Pacto Federativo?
Ceron – É que nesse modelo atual as coisas veem de cima para baixo: União, Estados e Municípios. Evidente que o inverso é que seria o ideal. Os municípios – onde moram as pessoas e são operadas as ações – deveriam receber a maior parte do bolo arrecadado. É assim nos países de Primeiro Mundo. Os estados devem estar em segundo lugar, pois são os responsáveis pelas políticas estaduais de desenvolvimento. Por último, a União, que deve ficar com as diretrizes das políticas públicas, a política externa, as ações no macro, a infraestrutura e a defesa.
EJS – A população de Lages diminuiu em quase mil habitantes. Como reverter esse quadro?
Ceron – São pessoas que saem em busca de oportunidades de trabalho. Mas, é preciso prudência quando à segurança desses números. O problema é que vem de um levantamento aleatório, cujos números nem sempre são confiáveis. Portanto, essa redução carece de mais garantia e credibilidade. Só que agora, com as novas indústrias aqui, se elas foram embora, retornarão bem logo.
EJS – Quais as soluções mais urgentes para o País?
Ceron – Eleger um presidente que pense no macro, no correto uso do dinheiro público, que faça as reformas e que inicie logo o Pacto Federativo.
EJS – Valeu a pena persistir tanto ser prefeito?
Ceron – Em parte, sim. Já realizei muito daquilo que prometi. Mas só estarei com a minha consciência em paz quando conseguir consolidar todo o meu projeto na saúde, realizar todas as obras que prometi e fazer retomar uma definitiva geração de empregos. Com salário na mão, o pai de família anda com suas próprias pernas.
EJS – O Sr. buscará o 2º mandato de prefeito?
Ceron – Minha proposta foi a de ser um prefeito de um só mandato. Até posso discutir a hipótese de buscar outro cargo eletivo. Mas, primeiro quero angariar mais capital administrativo e político. Isto aqui é um aprendizado constante, a gente aprende todo dia, vive emoções todos dias. E o mais gratificante é poder fazer alguma coisa para melhorar a vida das pessoas. É missão gratificante, uma lição de vida, especialmente poder fazer muita coisa pela mulher, que na maioria das casas ela é o chefe da família.
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