COM OS AVANÇOS DA LEI ELEITORAL FOI-SE O TEMPO QUE SE ATRAIA GENTE A COMÍCIOS COM LINGUIÇA E CHURRASCADA.
Churrasco igual e esse aí acima era comum nas campanhas eleitorais do passado.
PROPAGANDA IMPRESSA TAMBÉM HÁ SÓ NOS ARQUIVOS.
E a propaganda era muito criativa e sugestiva, também. Algumas já vinham com a nota legítima anexada. Essas aí, quem me presenteou garantiu que eram da campanha do Vidalzinho (Tio Vida).
Hoje o WhatsApp com a selfie sepultou a propaganda impressa e o famoso “santinho”.
No arquivo do passado político e no imaginário do historiador de campanhas eleitorais só restam imagens desbotadas e lembranças de históricos eventos dos tempos que valia tudo para encantar o eleitor.
Um assessor das campanas de Nereu Ramos nos disse um dia que aos mega públicos de certos comícios, “a maioria vinha pelo berro do boi ou pela fumaça do moqueio (churrasqueira rudimentar) que assava o churrasco da rês que o apoiador doara”.
Quer dizer, naquele tempo se media a aceitação do candidato pelo tamanho do público que vinha comer o churrasco.
Certa vez um ex-prefeito de Lages/SC foi dar a largada numa “operação tapa buraco” em um dos bairros da periferia. Alguém da comunidade doou uma caixa de linguiça e nem bem começaram a chegar os integrante da equipe da prefeitura, começou reunir tanta gente que seria preciso umas 10 vezes mais linguiça.
Prevendo saia justa, o prefeito chamou o assessor mais próximo e disse: “- suspenda a cerimônia e deixe rolar a preparação da carne. Imagina se o prefeito ainda ficar aqui para os tradicionais pedidos, quanta gente vai aparecer?
E façam isso logo, senão vai acontecer como dizia o compadre Nereu: “- a cidade inteira vem pelo berro do boi ou pela fumaça do assador, para comer a carne e fazer pedidos pessoais”.
Vale dizer que ainda nem era época eleitoral.
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