Antigamente {até mesmo hoje} no interior as mulheres faziam a roupa de baixo do tecido de algodão, aquele das sacas de açúcar, sal ou farinha. Algumas até conservavam a marca Mossoró.
Num baile aqui da região, a moça mais dançadeira da redondeza usava a roupa de baixo presa na cintura com um cordão, arrematado com um tope, no lado.
As marcas vinham uma atrás da outra, como punhaladas de canhoto. Era shotts, vaneirão e rancheiras de arrombar.
A garota se entreverou na dança que parecia um pião, rodava para os dois lados.
Numa daquelas desprendeu a peça da cintura e escorregou perna abaixo. Mas ela não se apertou. Com o bico da bota, jogou a calcinha para o gaiteiro, e gritou: Olha a capa da gaita, Tio Nelo!
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