Reforma não será fonte de receita e sim uma fórmula para não entrar no limite do cheque ou do cartão de crédito do Poder Executivo.
EDITORIAL
Ao cumprirmos nosso dever de oficio, tivemos que aturar o festim demagógico de uma oposição que ainda não descobriu que perdeu a eleição e discursa com pose de base parlamentar de um governo que operou milagres e que mesmo assim lhe usurparam o Poder.
Acompanhamos todos os debates da tramitação e das votações da PEC da Previdência. E olha que fizemos marcação cerrada e desde os debates na CCJ e na Comissão Especial.
Ao longo desse período colhemos pérolas que ficarão na história. Até brincamos, esta semana, ao dizer que o Congresso produziu várias frases que são candidatas a mantra.
É que tal foi sua repetição ao olongo dos debates que algumas expressões já devem ter o poder de conduzir mentes.
Algumas delas: os mais pobres; uma crueldade ao trabalhador; ninguém mais vai se aposentar… Entre outras tantas.
Mas o que atesta o vazio, o tom de metralhadora verbal giratória e a falta de fundamentação no que dizem os arautos defensores do pobres e oprimidos, foi a massante cobrança do plano para gastar esse R$1 trilhão que a reforma promete.
Faltou os técnicos da oposição avisarem que nesse processo não se trata de o Governo embolsar dinheiro e sim de evitar que se gaste o que não se tem.
Mas deve ter sido o uso do cachimbo que fez a boca torta. Os últimos governos fizeram escola, ensinado como se distribuir o que não se tem.
Nunca se viu, na História da Humanidade, durar muito tempo um governo que insiste em fazer distribuição de renda sem ter fonte de receita. Nunca se viu dividir bolo sem ter o bolo.
Esse é o caminho mais curto até o rombo fiscal, os fundos e programas deficitários e a falência do Estado.
Só que o mais intrigante é que a oposição é habitada por sumidades, cabeças privilegiadas e experientes líderes da vertente socialista. Só pede terem perdido o rumo, diante do inesperado fracasso de um projeto de poder de longo prazo.
ERON PORTAL
Texto: Eron J Silva.
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