Por: Eron J Silva
Editorial
O DESAFIO SERÁ EQUILIBRAR AS COISAS PARA QUE A PESSOA NÃO VIRE MAIS UMA DAS MÁQUINAS A SERVIÇO DA PRODUÇÃO.
Bem logo os melhores postos de trabalho serão na programação da dinâmica das atividades econômicas, das cidades e da vida cotidiana.
Tudo será cada vez mais inteligente, pois o computador é quem vai comandar a vida humana. Então, quem não virar máquina ou, pelo menos não se apaixonar por ela, estará fora das tendências do mercado de trabalho.
Já vimos na mídia que as mães passarão a estimular as meninas a cursarem programação se quiserem se realizar profissionalmente com mais facilidade.
É a chamada coisificação do ser humano, de que já se falava nos anos 70: o “gado humano”.
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Já estamos chegando a esse estágio das pessoas-maquinas e até já está em uso a inteligência artificial.
Certamente o maior desafio vai ser equilibrar as coisas: de um lado a atividade humana lidando com o materialismo e a tecnologia e de outro o sentimento, ou seja: o afeto e a alegria de viver feliz.
Nas sociedades altamente sofisticadas já há muito conflito interior em que algumas pessoas já não vêem mais sentido lógico para continuar vivendo.
É possível que uma tendência natural de quem só lida com a máquina seja o abandono ao afeto e aos demais sentimentos. Será o dia em que se esquecerá do ato de estender a mão, de abraçar (o metro quadrado mais valorizado que exite), ou seja: o ato de amar.
É certo que se as pessoas não derem e nem receberem manifestações de sentimentos, certamente se tornarão alguém com uma vida sem graça, sem sentido ou sem objetivo na vida.
Veja que já existem lojas, restaurantes, e até hotéis onde você é atendido por robôs. E se porventura aparecer alguém de carne e osso, este alguém mais parecerá um robô.
Aí o contágio será inevitável e nos tornaremos todos consumidores apenas da frieza humana. Afinal, nossa vida tende a ser programada pela tecnologia; muitas vezes não apenas substituída, mas até feita uma cópia.
Então, como os dois lados serão infectados pelo vírus tecnológico, chegará o tempo em que todos deverão produzir, em média, 12 milhões de dólares por ano, mas com uma vida afetiva que vale 1,99.
Fábricas de emoções
Um ser que não dá e não recebe carinho, teoricamente também não recebe e não dá amor.
Nesse ponto é que, para alguns, a vida perde o sentido, a graça e os objetivos humanos. É o caminho mais curto para o ponto em que muitos pensarão até em desistir de viver.
Uma das formas de se compensar as coisas é incentivar a indústria da criatividade.
Hoje ela está empregando grande parte dos excluídos pela máquina ou que não querem conviver só com ela. É a indústria do show, do espetáculo e da sensibilidade, indústria que produz e semeia felicidade.
Essa atividade poderá vir a ser um contraponto. Afinal, para compensar a carência afetiva criada pela modernidade, as pessoas vão precisar, cada vez mais, de fábricas de emoções.
Tanto é verdade que essa indústria é uma importante matéria-prima do turismo, outra indústria que hoje mais emprega e que praticamente dobra a população de muito país, especialmente da Europa.
Eron Portal
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