BRASIL ESTÁ SOBRE 4 PNEUS – É preciso pensar mais nas ferrovias e hidrovias do plano de JK

BRASIL ESTÁ SOBRE 4 PNEUS – É preciso pensar mais nas ferrovias e hidrovias do plano de JK

 

Logística é um prego na engrenagem da economia

Se quisermos baixar o custo Brasil é preciso pensar em mais alternativas de transporte.

Vamos ter de voltar aos tempos de Juscelino e seu plano de metas arrojado: crescer 50 anos em 5.

 

Nosso maior problema é a concepção do setor produtivo, que apesar de ter sido previsto no plano de Juscelino, por exemplo, a construção do leque de alternativas no setor de transporte não teve continuidade nos governos seguintes.

Então, com quase só transporte rodoviário, infraestrutura arcaica, burocracia que engessa, carga tributária que sufoca, encargos sociais pesados e direitos trabalhistas em excesso, inflou o “Custo Brasil” que é um dos custos mais altos na dinâmica da economia.

 

A PÁTRIA SOBRE PNEUS

Por Eron J Silva

 

DESDE JUSCELINO QUE FOI PENSADO UM PAÍS SOBRE ESTRADAS

Não é que sejamos anti JK. Ao contrário, ele foi um exemplo de presidente determinado e que acertou em quase tudo.

Única coisa que não foi pensada, após ele, foi em um equilíbrio em relação aos transportes: não houve incentivo a ferrovias, hidrovias e navegação costeira.

Com tudo dependente dos veículos, o automóvel passou a ser o sonho de consumo do brasileiro. Tudo começou com a necessidade de incentivar seu uso no dia a dia. Aí, tudo ficou sobre quatro pneus.

O resultado foi cada vez mais dependência do veículo. Consequentemente, o poder dos agentes do setor de transportes é cada vez maior.

Desde o plano de metas de JK e de sua meta de crescer 50 anos em 5 vivemos o problema em relação ao petróleo, por exemplo.

O impacto dos combustíveis na economia é tanto que no passado o petróleo já foi considerado o maior vilão da inflação.

É que desde Juscelino ter automóvel dá status, é moda e também demonstração de boa situação financeira. Enfim, ele é a muleta do brasileiro.

Em consequência, observarmos bem, tudo depende dos combustíveis. Do automóvel ao caminhão de carga e o transporte de massa ao trator do agronegócio.

A refinaria, a distribuição, a rede de postos, os empregos e até os impostos que seguram a barra do governo, dos estados e dos municípios, representa uma estrutura que amarra.

Com relação aos impostos, toda vez que você coloca gasolina no tanque, quase a metade é imposto. Por isso que o Brasil exporta gasolina excedente por um terço do preço daqui. É porque a diferença é o preço dos impostos, que não se exporta.

Tudo porque o País vem desde os anos 60 montando uma estrutura sobre pneus.

E a dependência do automóvel, do caminhão de carga, dos veículos de transporte de massa e do agronegócio que é cada vez maior.

 

 

 

 



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