Ainda lembramos: quando um comandante anuncia sua ida para casa, logo após o fim da batalha seguinte, corre o risco de desmotivar a tropa e depreciar a vitória.

O trabalho que trouxe a atual seleção foi bem feito, inclusive apresentou uma espetacular campanha nos últimos dois anos.

Também deixou um legado na independência.

Mas para vencer uma Copa do Mundo é preciso muito mais do que jogo bonito; é preciso casca, a “craca da vivência”.

Faltou resultados práticos em nosso time.

Esta seleção apresentou muita eficiência mas pouca eficácia: muita jogada para a plateia e de pouco resultado dentro de campo; grande poder de posse de bola, mas, sem traduzir em números; e um grupo arrepiando pelo visual e a presunção de ser de entes acima dos mortais.

Some-se a todo o dito acima, um projeto de futebol burocrático que sempre foi o orgulho do comandante.

Ao longo de sua participação na Copa, o Brasil passou a imagem de um time imaginando ser da prateleira de cima, com alguns dos integrantes se achando a última Coca Cola em um deserto.

Mas em seu último jogo caiu na real.

Ainda assim, teve uma recaída de grandeza assim que marcou seu gol.

Aí sofreu o empate e amarelou – no sentindo negativo – com o peso da cobrança de pênaltis.

Aí a seleção “dançou”.

Eron Portal

Texto: Eron J Silva

ANÁLISE ANTERIOR

A ESPANHA CAIU DEVIDO AO EXCESSO DE CONFIANÇA E À INEXPERIÊNCIA

É indiscutível a qualidade, a beleza e o potencial do jogo da seleção da Espanha.

Mas faltou experiência, seriedade e humildade para a nova geração espanhola.

O início com uma goleada e um exagero de mídia para a garotada subiu para a cabeça, aumentou o salto alto e o desprezo pela capacidade dos adversários.

A seleção espanhola é dona de um jogo muito bonito, mas com muita firula, cavadinhas para arquibancada e com muito preciosismo nos passes e arremates.

Nos últimos dois jogos foi visível a falta de experiência e o exagero nos enfeites dentro de campo.

É aquela história: “O monge não é poderoso só porque é inteligente e sábio; é também porque é velho e com vivência”.

Eron Portal

Texto: Eron J Silva.

“O monge não é poderoso só porque é hábil e inteligente; é também porque é velho”.

Eron Portal