Bairro Centenário sedia 1º Encontro de Educação Alimentar e Nutricional

Bairro Centenário sedia 1º Encontro de Educação Alimentar e Nutricional

Principal intenção é sanar dúvidas da comunidade sobre as armadilhas encontradas em determinados alimentos e disseminar o pensamento e a prática do consumo de itens mais orgânicos
Com a missão de guiar a comunidade para que habitualmente adote atitudes saudáveis em relação à alimentação diária em suas casas, e que pulverizem estes conceitos aos seus filhos, com intuito de manter a qualidade de vida, livre de doenças e prolongar a expectativa de vida, com longevidade, a Secretaria da Assistência Social e Habitação, por intermédio do Banco de Alimentos, promoveu, na tarde desta quarta-feira (13), o 1º Encontro de Educação Alimentar e Nutricional, no Centro de Referência em Assistência Social Maria Aparecida Gomes (Cras II), no bairro Centenário. O assunto constituiu-se na Formulação do Marco de Referência de Educação Alimentar e Nutricional para as Políticas Públicas com as instituições territoriais.

O território de abrangência, cujos serviços são prestados pelo Cras II, é formado por aproximadamente 15 mil habitantes, dos bairros Centenário, Morro Grande, Vila Nova, São Luiz, Santo Antonio, Santa Catarina, Araucária, Novo Milênio, Santa Clara, Santa Cruz de Malta, Conte e Triângulo além dos loteamentos Deco, Letti, Golin e Maria Angélica.

O cronograma do evento da tarde esteve formado pelo seguinte esquema: abordagem da coordenação do Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea); apresentação das atividades do Cras e do Centro de Referência Especializado em Assistência Social (Creas); exposição das ações do Banco de Alimentos – alimento saudável, georreferenciamento e Marco de Referência de Educação Alimentar e Nutricional, e exposição das principais formas de organização popular – associação de moradores (espaço aberto, debate e encaminhamento).

Como foi?

E para fomentar esta prática entre os habitantes, segundo o assistente social, Pedro Miguel Muniz Junior, foi elaborado um folder de forma sucinta, com linguagem simples de entendimento em oito páginas, com enfoque na orientação com dicas para organizar redes sociais para ter uma alimentação saudável. Uma das informações esmiuçadas no evento da tarde desta quarta e no próprio material de divulgação foram as atribuições do Banco de Alimentos, serviço municipal situado junto ao antigo Mercado Público, que busca combater a fome, estimular e criar acesso das instituições (entidades), proporcionando mais alimento, saúde e segurança alimentar às pessoas sob vulnerabilidade econômica e social.

A construção da rede do Banco de Alimentos se dá a partir de visitas a entidades sem fins lucrativos, associações, serviços de proteção social, projetos em empresas e instituições de ensino, fortalecendo hábitos sociais, de redução de desperdício de alimentos, a promoção do consumo sustentável e da alimentação saudável. “Alimentação saudável na mesa de ideias. O Marco foi criado em 2012, ou seja, já existe intersetorialmente, mas estamos trabalhando o tema localmente”, resume o assistente social Pedro Miguel, esclarecendo que a ideia é notar as demandas dos territórios, diagnosticar as questões e, por fim, atuar com os moradores para que haja educação alimentar, alertando sobre os artigos que oferecem riscos em excesso e as vantagens de alimentos mais naturais. “Será uma educação permanente e continuada. Depois de desenvolvido este projeto piloto no bairro Centenário aí sim partiremos para outra área da cidade”, adianta. O evento retratou, ainda, a pirâmide alimentar, com apontamentos do número de porções diárias recomendadas, de acordo com a faixa etária, por grupo alimentar – cereais, pães, tubérculos, raízes, verduras, legumes, frutas, leites, queijos, iogurtes, carnes, ovos, feijões, óleos, gorduras, açúcar e doces.

Participaram do evento, entre outros, o coordenador geral do Banco de Alimentos, João Volni Madruga da Silva; a coordenadora técnica, nutricionista Laís Bertoldo, e o diretor de Aquicultura e Pesca, da Secretaria de Agricultura e Pesca, Nelson Beretta.

Comida para quem mais precisa

Atualmente são 132 pessoas jurídicas (entidades) cadastradas junto ao Banco de Alimentos, que é articulado por operações e ações realizadas com visitas institucionais (entidades, empresas, associações e outros), com a finalidade de diagnosticar parcerias na construção da rede social. No primeiro semestre de 2017 foram distribuídas 197 toneladas de alimentos.

O trabalho é desenvolvido por cerca de 200 voluntários. Os alimentos são entregues as 50 associações de moradores que, por sua vez, distribuem a quem precisa nos bairros, e as mais de 70 Organizações Não-Governamentais (ONGs), que também atuam nos bairros realizando sopões, entre outras atividades. Todas são devidamente cadastradas. A determinação é de que os produtos sejam entregues prioritariamente a grupos de alta complexidade, envolvendo idosos, crianças ou hospitais. Há um convênio junto à Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), e que fornece produtos provenientes da Agricultura Familiar, além da ajuda de cooperativas.

Fotos: Marcelo Pakinha

 

 



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