NOVAS FAIXAS E REDUTORES SÓ SERVEM PARA ALERTAR PEDESTRE. MOTORISTAS DESCONSIDERAM.
Fiscalização apoia divulgar monitoramento eletrônica móvel para que motorista saiba antes. Mas divulgação de blitz não, por se tratar de alerta que prejudica a operação. Seria estímulo ao descumprimento da lei e motorista continuar andando errado.
Essa constatação comprova alguns fatos: que faixa de pedestre em v ias rápidas são inúteis e significam mais risco que segurança; que também é necessário alterar o limite de velocidade; que demora a adaptação com mudanças; e que realmente é preciso mudar muito o País para um chegarmos a um comportamento mais civilizado.
Não é possível que diante de tamanha comunicação visual alertando, motoristas ao invés de reduzir aumentam a velocidade. Isso acontece na Avenida Belisário Ramos, em Lages/SC, em frente à entradas de uma das maiores empresas de cal center da cidade e que emprega duas mil pessoas.
MAIS RISCO DO QUE SEGURANÇA
As faixas de pedestre em vias rápidas são mais um fator de risco que de segurança. Motoristas ainda desaforam quem exigir respeito. Creio que o visionário Diretor de Trânsito, Jacinto Bet, já deve estar fazendo estudos sobre providências. Talvez redutores de velocidade tipo aquele em frente ao Fórum seja uma solução.
A lei diz que onde não há semáforo e existe a faixa de segurança a preferência é do pedestre. Nas vias rápidas e expressas, onde elas são mais necessárias, os pedestres “nem existem” para a maioria dos motoristas.
Em pontos de alto fluxo de gente, no centro da cidade, até que “enxergam” as pessoas e lhes dão prioridade, mais por medo de uma surra ou da caneta, que por educação.
Distante de olhares da lei e da multidão é um caos. Na Avenida Carahá, por exemplo, circulam mais de 1.200 funcionários da Flex. Em ambas as pistas existem faixas de segurança. Além de os condutores não tomarem conhecimento desses dispositivos, ainda excedem o limite de velocidade em até 100%. É comum até 120 KM por hora.
Ali, um atropelamento de altas proporções é uma tragédia anunciada. O pedestre pode entender que os carros estão longe e vão parar, mas a velocidade e a imprudência colocam em risco sua vida.
Insulto e má educação
Outro dia assisti a uma cena desagradável em frente à passarela da Carahá, próximo da Flex. Verdadeira multidão de funcionários esperava uma oportunidade para atravessar, mas os carros vinham a toda. Se esperassem pela vontade dos motoristas, chegariam atrasados ao trabalho.
Alguns apontaram para a faixa e certos motoristas colocaram a mão pela janela do carro, com o dedo central ereto, isto é, sugerindo que o enfiassem naquele lugar. Essa é uma atitude mal educada e condenável, de mau gosto e nada civilizada.
O ser é a essência
Dentre da filosofia do ter e o ser, é bom lembrar que o ser humano é a razão da existência de tudo: ruas, calçadas, carros. O pedestre deve ser visto como a essência urbana (isto é, da cidade). Ele pode ir onde quiser e quem deve se enquadrar é o veículo, independentemente da pressa. Só uma emergência, um fato muito grave, pode suplantar o direito de ir e vir das pessoas.
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