Imagem:bbc.news.
SEM EQUILÍBRIO FISCAL E REFORMAS CONSTANTES, É CAMINHO PARA COLISÃO COM O CAOS
Em qualquer lugar, Executivo e Legislativo precisam esquecer um pouco o populismo e os projetos pessoais.
SEM RESPONSABILIDADE FISCAL, SE PERDE A CREDIBILIDADE JUNTO A INVESTIDORES E AGENTES ECONÔMICOS.
Isto é igual a: inflação e juros altos, bolsa em queda e câmbio louco; isto é, um ambiente da carestia.
EDITORIAL
O Brasil precisa fazer logo a lição de casa
É hora de governantes das três unidades da federação, políticos e partidos pensarem mais no País e menos no carreirismo.
Todos tem o dever de exercitar a seriedade nos gastos e de retomar o compromisso com as reformas, agora que está passando a crise do vírus.
É preciso esquecer um pouco a busca de popularidade e de votos para projetos pessoais. Do contrário, também só nos restará gente pobre para exportar…
Observe que também no Congresso a maioria reprovaria (rodaria) numa prova sobre austeridade em gastos e seriedade. Grande parte, lá, só joga para a arquibancada e pensando na próxima eleição.
Mas, se o Brasil não fizer o dever de casa perde credibilidade junto ao investidor porque ninguém vai querer vir por dinheiro em saco sem fundo.
O Custo Brasil, por exemplo, é uma das limitantes do nosso crescimento econômico. É um prego na engrenagem da Economia.
Ele tem raízes no peso da folha, nos altos juros para projetos, na ineficiência das plantas industriais, na mão de obra que hoje é preparada para tarefas do século passado … entre outros.
Só reformas é que podem criar mecanismos para corrigir muita coisa, inclusive reduzir o “Custo Brasil”.
Elas podem facilitar o controle de gastos, eliminar o desperdício e estancar a sangria devido à gastança em projetos politiqueiros ou populistas, sem a devida fonte de recursos para financiá-los.
Se não formos competentes para arrumar a casa, ninguém virá investir em setores que reduzam o “Custo Brasis”, como: infraestrutura, energia, tecnologia, saneamento básico e um agronegócio ambientalmente sustentável.
Sempre é bom lembrar que existe, no mundo, cerca de R$ 1,5 trilhão com remuneração zero ou negativa, debaixo do colchão; isso por falta de lugar crível para investir.
E o Brasil deve ficar de olho nisso, pois não terá futuro se não atrair capital para projetos que modernizem e destravem, ‘desengessem’ a sua Economia.
Então, caso não tivermos juízo, especialmente no equilíbrio fiscal, a tendência vai ser a volta da inflação, da ciranda financeira e da instabilidade da moeda.
Um quadro assim pode ser um passo para se tomar a direção da colisão com o caos.
Imaem: bbc.news.com
Seria o caminho mais curto para o Real virar um Bolívar Soberano, o
dinheiro da Venezuela.
O Bolívar Soberano (Venezuela) perdeu tanto valor que o artesanato feito com o papel vale alguma coisa. Chegou a 10 milhões % ao ano.
Texto: Eron J Silva.
Original: 31 ago, 2020, 20.12
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