Ano passado o Município e o Estado realizaram o maior evento de todos os tempos: os Jogos Abertos. Para cá vieram em torno de 10 mil pessoas no período. Então, o poder público fez a sua parte. Lembrando que em Lages há interesse no turismo. A Prefeitura e o Estado tem investido em equipamentos e em eventos. O Centro Histórico está sendo revitalizado, o Mercado Público também. O município foi parceiro na maravilhosa obra da iniciativa privada, a Via Gastronômica. Essa foi uma ideia do empresário visionário Edésio Forbicci. Os agentes do turismo é que não estão fazendo bem sua parte.
Só para comprovar os agentes não estão muito profissionais, conto só um fato recente. O Município e o Estado realizaram os maiores Jogos Abertos da História. Vieram para cá cerca de 10 mil pessoas. Agora, pasmem! Numa segunda-feira, durante o período do evento, fecharam quase todos os pontos da gastronomia. Nessa noite, certamente muitos visitantes tiveram de se contentar com o que tinham nos alojamentos.
No Centro e nas áreas especializadas em restaurantes quase nada funcionou. Já às 23 h tudo era iluminado para o silêncio da noite. Estava assim na mais nova avenida revitalizada, a Duque de Caxias.
E em São Joaquim?
Pois ainda bem que não estamos a sós nessa mania de fechar restaurantes na hora das refeições. É que às vezes copiamos São Joaquim nesse sentido. Essa é a cidade turística mais tradicional e de reputação nacional por se vangloriar de ser a mais fria do País. Ela também ainda não acordou para o turismo profissional.
Lá também existem restaurantes que fecham para o almoço. Outros que se esquecem de se preparar com os pratos típicos da cidade, o Frescal por exemplo. Vale um crédito: esse tipo de churrasco foi inventado em São Joaquim.
Lá uma lanchonete famosa fechava para o almoço. Pode ser que já mudou. Mas há outros casos estranhos. Uma noite acompanhei um grupo de turistas de Curitiba para ver o frio na região. Adoraram o Morro das Torres em Urupema.
Como lá não havia restaurante aberto, fiz uma propaganda incrível do Frescal de São Joaquim e para lá fomos nós para jantar. Na chegada já ficaram encantados com a cidade. O setor de informações turísticas dá um show. Está sempre funcionando.
Nessa noite nos deu todas as informações, até a que um dos restaurante oferecia frescal, pelo menos no almoço. Só que o pessoal teve de se contentar com uma saborosa sopa típica ao lado da lareira. Não havia como preparar frescal à noite. O cardápio até oferecia pratos de nível nacional. Porém, o pessoal estava interessado era na gastronomia local, especialmente o prato típico de São Joaquim: o Frescal.
O chefe. muito preparado e competente, chegou a argumentar que oferecia pratos de nível de capitais. Só que o pessoal contra argumentou: “esses nós já temos em Curitiba, queríamos algo daqui”. Esse foi mais um exemplo de que uma boa equipe às vezes é prejudicada por uma política de gestão de negócios equivocada.
Adoro São Joaquim. É uma cidade de um charme incrível. Lá moram pessoas muito especiais e muitos amigos e sempre sou bem tratado. Conto esta história na inatenção de adjudar. Turista gosta de levar boas impressões de onde vai. Gasta dinheiro em busca de emoções. Portanto, quem trabalha na área deve estar sabendo disso.
Nem sei qual a política atual administração para o turismo. Até porque nem se interessam com a gente na Prefeitura. Mesmo de graça como sempre fazemos nos municípios aqui da Serra. Mas a nova administração certamente também já deve ter percebido que nosso negócio na Serra não é a indústria convencional. É a indústria sem chaminé: a inovação e o turismo .
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