Pesquisa do Banco Mundial revela que os brasileiros têm pequeno hábito de leitura e baixo desempenho nos cálculos matemáticos. E que a escola é equivocada.
Esse estudo prevê que o brasileiro vai demorar mais de 270 anos para se acostumar a ler mais e mais 70 para aumentar sua habilidade nos cálculos matemáticos.
A pesquisa compara nosso hábito de ler e nossa desenvoltura nos cálculos, com a performance nesses dois campos nos povos de países desenvolvidos.
Aqui no Brasil, os técnicos, pensadores e representantes de entidades ligadas à Educação, tentam explicar as causas do atraso, especialmente entre adolescentes e jovens, no aproveitamento escolar.
Segundo eles, trata-se de uma crise da aprendizagem decorrente de diversos fatores. Um deles foi a maior preocupação das políticas públicas do setor, nos últimos 15 anos, com a construção de paredes e a criação de escolas do ensino médio e universidades.
A princípio, houve significativo aumento na clientela para ocupar as vagas. Mas, como não houve muita preocupação com o recheio, ou seja, com a qualidade da missão interior, o resultado foi evasão e pouco aproveitamento por parte de quem permanece lá.
Possíveis causas: falta de projetos pedagógicos sustentáveis, formação eficaz do professor, melhores salários, criação na escola de uma cultura voltada para o lazer, esportes, saúde corporal, comunicação e expressão. Também falta oferta extracurricular para o desenvolvimento pessoal já a partir da pré-escola.
O que fazer: investir mais no professor, criar melhores condições de trabalho, dar treinamento, qualificar e requalificar.
Para os alunos: entre outros, falta criar a cultura da eficiência e da eficácia, da responsabilidade com as lições internas e externas, respeito ao professor e vontade de crescer e até de empreender.
Conseqüência dos equívocos das políticas educacionais: evasão escolar e salas ociosas, professores fazendo de conta que ensinam e alunos fazendo de conta que aprendem.
Afirmativa desoladora: 80% das crianças abaixo dos sete anos são analfabetas.
Resultado mais triste: a produção pela escola de trabalhadores e profissionais de baixa produtividade, conseqüentemente, de entidades econômicas (empresas) que avançam pouco e de uma economia que, basicamente, oferta de produtos de baixo valor agregado – as commódities – e que vive cíclicas ou periódicas crises.
Conclusão nua e crua: o Brasil está entre as 10 maiores economia do Planeta, mas na aprendizagem aparece depois daquela dos 50 países mais desenvolvidos, ricos.
Deixe Seu Comentários