A EDUCAÇÃO FEZ A REVOLUÇÃO EM TODO PAÍS DE PRIMEIRO MUNDO. POR AQUI, DE TANTO SER PRONUNCIADA ELA VIROU UMA ESPÉCIE DE MANTRA E É PAUTA OBRIGATÓRIA DA AGENDA DE TODOS, NO SETOR PÚBLICO E NO PRIVADO.
No dia em que a prioridade pela Educação descer do palanque o Brasil dará um salto. Até aqui nunca esse discurso foi para a prática. Pode ser que nesta eleição a palavra Educação se consolide como uma espécie de mantra e ganhe força o suficiente para fazer a revolução do conhecimento e do crescimento.
Foi com uma Educação de qualidade, com investimentos e em tempo integral, que países como Japão e Coreia saíram da depressão no pós-guerra. Governos lançaram um projeto de longo prazo, com muita seriedade, para dar a volta por cima. Aqui só houve discurso até hoje. Como há quilômetros de distância entre o discurso e a prática, obtivemos poucos resultados.
Nesta campanha eleitoral, sem exceção, os candidatos citam a Educação como a prioridade das prioridades. Até mesmo nos meios de comunicação de massa, quem diz que Brasil espera para o futuro, cita quase sempre a Educação como o pilar do Brasil, mas que não é vista assim na real.
Pode ser que desta vez a revolução da educação chegue e ao invés de avanço progressivo e da ideia do ensono à distância no 2º grau, pensem uma Educação integral e atrativa para a criança. O que vemos é mais essa mania de governos fazer de conta que investem, de professores fazer de conta que ensinam e de alunos fazer de conta que aprendem.
Também, num País que nasceu sob a égide religiosa de que dos pobres será o Reino dos Céus, que vontade hão de ter seus cidadãos para enfrenar a árdua tarefa de aprender para ser o melhor? Que esperar, no curto prazo, de um País que já nasceu sendo saqueado e com a ideia de extrair e não de construir?
Outro ponto que a gente espera é que a Educação não seja apenas uma vontade das instituições oficiais, de algumas empresas e de alguns educadores que vivem batendo nessa tecla. Seria bom que procurássemos criar uma cultura voltada ao aprendizado e o conhecimento já no berço. Aprender e se reciclar deve ser uma política de família. não um projeto. Deve ser um programa sem um dono. Isto é algo que deve ser permanente. Aprender deve ser uma política de vida.
Para os pais, os filhos estudar parece apenas uma convenção, não uma obrigação e um desafio. Não percebem que crescer interiormente é o caminho mais curto até o sucesso. Contudo, muitos pais encaram os custos com a escola dos filhos como um gasto e não como um investimento.
E os alunos? Ha! Estes, em sua maioria, entendem a Educação como forma de apenas buscar um canudo para pegar um emprego ou ser médico para ficar rico. Triste realidade! Ser engenheiro, por exemplo, também deveria ser pré-requisito para ser porteiro do prédio, com a devida compensação salarial é claro. Na Inglaterra por muito tempo foi assim.
Devemos combinar que falta a consciência de que tudo deve começar na família. Técnicos em Educação dizem que 75% da responsabilidade pelo crescimento intelectual dos filhos é dos pais e os 25% restantes é dos professores e da escola. Também a formação do caráter e a disciplina vem sendo terceirizados para a escola. Não que a escolas não deva cuidar também da formação moral e cívica do ser humano. E aqui não se trada de defender a ideia ultrapassada de uma escola opressora.
É preciso uma escola que não seja mais apenas um cabide de emprego, um elemento político e de força de manobra para projetos políticos e ideológicos. É claro que existem exceções, mas foi-se aquele tempo que se dizia que ser professor é um sacerdócio. A função de educador deve ser encarada como uma profissão e das mais sérias. Como o médico, o juiz, o advogado e o psicólogo, o professor também é um dos responsáveis por vidas.
Não há mais lugar para a Educação que se fez até aqui, visivelmente para criar legiões condicionadas a ser subordinados e fáceis de serem manipulados. É que estes, teoricamente, não sabem pensar, não tem senso crítico, nem discernimento do que seja melhor, ético e moral. Isso interessou por muito tempo aos projetos da velha política, nitidamente destinada ao consumo eleitoral. Quer dizer: criar cidadãos que são enganáveis. É preciso pensar em criar dirigentes e seres de qualidade.
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