O BOI DE BOTAS E O LADRÃO DE CINCERRO – Expressões do Sul que passaram de pejorativas para exaltação

O BOI DE BOTAS E O LADRÃO DE CINCERRO – Expressões do Sul que passaram de pejorativas para exaltação

Até os anos 80, chamar um serrano catarinense de ‘Boi de Botas’ era provocação, menos-prezo.

Na década de 80, durante a gestão do ex-prefeito Paulo Duarte, foi incentivada a cultura tradicionalista.

Junto, os temos históricos, como boi de botas e ladrão de cincerro, que já eram mais aceitos, começaram a representar uma exaltação e não mais um designativo depreciativo.

 

O BOI DE BOTAS

SAIBA A ORIGEM DA EXPRESSÃO “BOI DE BOTAS” DO SUL DO BRASIL

Teria sido num episódio durante a Revolução Farroupilha, em SC, quando o Comandante Farrapo – conta a lenda – levava um canhão de Lages para Laguna/SC.

Era para auxílio aos guerreiros Giuseppi e Anita Garibaldi, que haviam tomado Laguna para abrir um caminho até o mar aos Farroupilhas.

A certa altura, o canhão, puxado por juntas de bois, emperrou num atoleiro.

Aí um grupo de lanceiros serranos tomou a iniciativa de liberar a arma: forcejou com tanta experiência e bravura que até quase arrastaram os bois junto…

Teria dito o comandante:

Bravo!

Esses serranos agiram com tanta força que até pareciam verdadeiros “Bois de Botas!”.

A expressão já pegou, mas no começo de forma pejorativa, depreciativa.

Hoje em dia, é a expressão é tida com adjetivo de exaltação à bravura e à coragem do xiru originário das serras gaúcha e catarinense.

Mas, não faz muito tempo que chamar um serrano de Boi de Botas era o mesmo que convidá-lo a puxar da faca e partir para a briga.

 

O LADRÃO DE CINCERRO

Essa quase provocou morte.

Conta a lenda que os lageanos roubavam o cincerro dos tropeiros para espalhar a tropa de mulas.

Será nossa próxima história aqui.

 



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