EXAGERO AO EXALTAR NOSSOS “PRODUTOS DE MARCA NACIONAL”: A FACE DISCUTÍVEL DO CARNAVAL – Hoje o figurante é príncipe e amanhã vira massa plebeia

EXAGERO AO EXALTAR NOSSOS “PRODUTOS DE MARCA NACIONAL”: A FACE DISCUTÍVEL DO CARNAVAL – Hoje o figurante é príncipe e amanhã vira massa plebeia

No Brasil, há um certo exagero na exaltação de algumas de suas marcas. Há muito ufanismo, às vezes…

 

O CARNAVAL É UM DOS CASOS!

 

A FOLIA DO CARNAVAL É UM EVENTO EM QUE A MAIORIA QUE O FAZ, HOJE É VENERADA, E AMANHÃ VAI LIMPAR A IMUNDICE QUE OS BENEFICIADOS CRIARAM

 

É uma grande festa, é claro, mas de custo-benefício questionável

                      Ufanismos ou não, o fato é que o carnaval é considerado pelos que gostam e pelos que se beneficiam dele, como nossa maior festa popular e um dos quatro produtos “marca Brasil”, lá fora.

Realmente é uma das festas mais envolventes do planeta.

Reúne beleza visual e plástica, prazer, alegria e muita gente, é claro.

Contudo, seu custo benefício é discutível. Ele pode gerar trabalho, divisas e impostos, porém, se você for olhar bem seus malefícios pode se surpreender       

 

Postagem original: 12 de fev 2018  (11:54)

 

Editorial –

Seria um dos 4 produtos da Marca Brasil, lá fora?

 

 

 

Talvez para tentar defender interesses e justificar o alto investimento público no carnaval, massifica-se a versão de que nosso país é conhecido no mundo através de quatro imagens que encantam: o futebol, a Amazônia, as praias e o carnaval. Esta última é cantada em verso e prosa como a maior festa popular da Terra, até superando o futebol que já teria perdido o status de marca registrada brasileira.

Esta semana, como não poderia ser diferente, o tema de opinião do Eron Portal é o Carnaval, que chegam a afirmar que a festa popular chega a gerar até mais de R$ 6 bilhões todo ano.

Afirmam seus defensores que Rio de Janeiro, Salvador, Recife e São Paulo são os destinos preferidos dos turistas estrangeiros. Tanto que desde a sexta-feira do período a ocupação de seus hotéis já é recorde. Pasme! Há quem afirme que nem a violência do Rio de Janeiro, por exemplo, assusta os visitantes.

Claro que é inegável a importância do Carnaval para as cidades citadas. Até pelo movimento que gera e os efeitos na sua projeção. Mas não dá para ignorar que não há só coisa boa no Carnaval. Que não há seu lado ruim e perverso.

É importante se falar de algumas verdades sobre ele e o que traz de ruim. No que ele impacta. E o que vem depois dele, até como alerta e como prevenção.

Sem falar no aumento de doenças, o estigma que imprime nas faixas nais jovens e as gravidezes indesejadas com a promiscuidade, é bom dizer que o carnaval é uma espécie de ópio, durante cinco dias, para que as pessoas se esqueçam dos problemas da vida difícil. Afinal, se é preciso achar como esquecer agruras, é porque não deve estar tão bem a vida!

Já percebeu que ano após ano aumentam os blocos carnavalescos? Milhares deles reúnem milhões de pessoas em cidades como Rio de Janeiro, Olinda, Recife, Salvador, São Paulo e Belo Horizonte. Algo deve existir para que as massas caiam na folia. Não deve ser apenas para se divertir…

As ruas viraram passarelas para que as pessoas mais privilegiadas se mostrem nas redes sociais e para a plateia de nobres que está a admirar seus corpos bonitos e suas fantasias, sentindo-se num oásis. Tanto que o culto ao belo corpo virou uma neura, um exagero, para muita gente, pouco antes dessa festa.

Também, longe de ser festa só popular, é uma festa que reúne populares que servem de encanto às elites; para fazer a festa dos ricos; isto é, para servir de pano de fundo a momentos de faz de conta e de interesses diversos.

É a festa em que num dia o sujeito é príncipe ou rei na passarela do samba e no outro vai limpar a imundice que os ricos, as elites e os turistas deixam por toda parte.

Se o Carnaval é uma festa num ambiente onde existe igualdade, também é verdade que é uma festa de promiscuidade e de realização de sonhos e fantasias impossíveis. Tanto que no quarto ou no quinto dia todos voltam à realidade.

Em seu ponto negativo e ruim ainda está o lado profano e hipócrita, onde está a lógica da sua enorme repercussão e atração. Às vezes nem Deus poupam…

Ainda é bom destacar que se por um lado o Carnaval é uma festa que traz divisas, por outro é de total incoerência e sem muito sentido em relação à energia empregada nele. Ela também deveria ser aplicada em alago mais útil, fora dele.

Poderia ser também uma alavanca poderosa no desenvolvimento, pois, se aplicada com essa mesma intensidade e entusiasmo no trabalho e nos bancos escolares, o Brasil já poderia ser uma das maiores potências do Planeta.

 

Agora uma análise mais interessante sobre o carnaval

Veja o cometário que projetou nacionalmente a apresentadora Rachel Sheherazade, ainda antes de chegar ao SBT:

 



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