A LENDA EM TORNO DA MADEIRA DA CONSTRUÇÃO DE BRASÍLIA

A LENDA EM TORNO DA MADEIRA DA CONSTRUÇÃO DE BRASÍLIA

Em meados do século passado a araucária era a “mina de ouro” do Sul

Diz a lenda que nos anos 1960 – durante a segunda etapa da construção de Brasília – a maioria da madeira utilizada era fornecida por madeireiros do Sul, a maioria de Santa Catarina.

O tempo do transporte poderia durar até 40 dias e por vezes o caminhão atolava e era puxado quilômetros por juntas de bois.

Até aí, nada de extraordinário.

Afinal, era o auge do ciclo da madeira de araucária nativa, que era mais em conta, apesar da lida nas estradas de terra que era penosa.

O que também é curioso nessa “lenda” é que ela conta que a mesma carga, às vezes, era paga ao menos três vezes pelo Governo Federal.

Quer dizer: o mesmo caminhão carregado poderia passar até três vezes pela portaria para carimbo em nota.

 

A segunda etapa da construção envolveu os últimos prédios dos ministérios e blocos de apartamentos para parlamentares e os primeiros servidores. 

 

O DESFILE PARA OS ANTIGOS CORONÉIS EM SC

O desfile do “pé com paia e o pé sem paia” para os coronéis:

No distante passado de Lages/SC existiam dois coronéis famosos: o coronel Aristiliano Ramos e o coronel Vidal Ramos.

Ambos possuíam tropas que faziam a segurança de Lages de Região. As sedes de suas fazendas eram a 20 km do centro da cidade, exatamente: em Painel e Capão Alto, hoje municpios.

O comendante das tropas, geralmente era um Boi de Botas astucioso. Mas passava trabalho para fazer os “soldados” da guarda marchar no dia 7 de Setembro.

Numa das paradas o comandante da guarda do Coronel Aristiliano arranjou um jeito muito simples, mas didático para o pessoal acertar o passo no desfile.

Amarrou uma taira de palha de milho no pé direito de cada um. Aí o comandante ia gritando: – “pé com paia; pé sem paia”, tudo conforme o compasso do bombo da banda.

E na hora da paradinha em frente ao palanque, em frente à sacada do Coronel Aristiliano, mais uma criação do comendante:

Estufava o peito e gritava: – “pelotão, alto!

-Agora “oiem” pro Coroné Aristiliano.

-Agora, “desoiem” o coroné Aristiliano!

 



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