O COMENTÁRIO DO ERON
Crise política para reformas e o País
ERON Portal, Lages/SC –
Num momento em que a Economia dava sinais de recuperação, com nova queda na inflação, crescimento do PIB, recuperação do emprego e as reformas andavam, nova crise trava o País.
Com as novas incertezas o dólar subiu, a bolsa caiu e os agentes econômicos estão apreensivos. O clima em Brasília e em várias capitais ficou tenso e o Congresso já suspendeu sua pauta.
Tudo devido à delação dos executivos da JBS envolvendo o nome do presidente da República, Michel Temer, em supostas ações de bastidores para calar o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha.
Diante do pedido da Procuradoria Geral da República, o Supremo Tribunal Federal autorizou a investigação do presidente.
São três as possibilidades: o Supremo aceitar o resultado das investigações; o presidente virar réu e ser afastado; e a Câmara aceitar e autorizar o julgamento. Também há o problema do julgamento da chapa Dilma/Temer no TSE que recomeça no próximo dia 06. Além disso, há os pedidos de impeachment que hoje já são oito na Câmara.
Enquanto isso, os prejuízos são enormes ao País e as incertezas poderão atrasar a recuperação da Economia e da governabilidade que estavam a caminho.
É o clima do quanto pior melhor estai. Isso interessa à oposição, a alguns políticos e paridos que ainda esperam salvar a pele.
Clima de incertezas
Não sei se iremos ter motivação para ir votar na eleição de presidente da República, ano que vem. A maioria das figuras que poderiam se credenciar para isso ou estão na Lava Jato; processadas; na mira da justiça ou desgastadas.
No geral, entre os políticos, poucos têm moral para atirar a primeira pedra. Estão mais sujos que pau de galinheiro. E o telhado de vidro do Congresso é cada vez maior.
Diante dessa vala comum em que aparecem as maiores autoridades do País, não vejo alguém crível (isto é, em quem a gente possa acreditar) para ser o novo presidente do Brasil.
Como pode! Os cinco ex- presidentes da República, o atual; os dois presidentes do Legislativo Federal e quase um terço dos parlamentares sob investigação, processados, cassados ou afastados!
No caso do presidente, mesmo que os fatos sejam mentiras ou recursos dos delatores, já macularam sua imagem. Analistas explicam que só o Supremo poderia autorizar a investigação do presidente, que está no exercício do cargo, o que já aconteceu. Depois vem o julgamento e se aceito por seis dos 11 ministros, haverá o afastamento por 180 dias. Também a Câmara pode autorizar a abertura de impeachment. Além disso, há o caso do processo da chapa Dilma/Temer por suspeita de caixa-2 na eleição.
Para a oposição, esse é o que queria. E a base do governo, que parecia interessada em fazer as reformas, agora parece bando de ratos em navio que está naufragando.
Esse é o tipo de político que restou para comandar o Legislativo e pensar no Brasil. Há quem preveja que a Justiça ainda tenha de comandar o País e o processo de eleições diretas já.
Eron J Silva.
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