Depois dos 50, a gente deve parar de achar que somos perfeitos. Devemos procurar ver o lado bonito e bom dos que passamos a conhecer. Lado ruim e lado feio já há demais. Vamos aprender com a águia que vive 50 anos e ai se despoja de tudo o que não lhe serve mais. Reinventa-se e vive mais 50. Bem que fazem os que deixam de carregar o que não lhe agrega mais nada e ainda os desprezam.
Depois dos 50, mesmo com toda a experiência que imaginamos ter, com nossa arrogância, não percebemos que o solo que hoje pisamos amanhã vai ser nosso teto. A menos que optemos por uma cremação. Só assim as cinzas poderão repousar sobre ele como nossa morada eterna.
Depois dos 50, a gente começa a perceber que gasta muito dinheiro com a saúde, exatamente porque a perdemos correndo atrás do dinheiro. Também esquecemos que a solidão dentro de uma casa de três quartos é a mesma de dentro de uma meia água. Então o que vale a pena é estar com alguém. Nem que seja debaixo de uma árvore.
Depois dos 50, a gente tem cada vez mais passado e cada vez menos futuro. Então precisamos otimizar o uso desse tempo. Mas, o pior é que vivemos numa ansiedade que nos tira do foco. Perdemos tempo à procurar do que mais queremos onde não está. Admiramos crianças, mas não alcançamos a sabedoria delas, onde não existem mentiras, porque são guiadas pela inocência.
CONCLUSÃO e JUSTIFICATIVA :
O texto acima até parece que me foi psicografado. Se for isso, ainda bem que há alguém que me vê. Que vê com outros olhos essa vontade de criar. E criar para o bem. Quem tem o dom de escrever deve contar mesmo uma força oculta que o ajuda ou, então, deve ter outro por dentro, que ainda precisa ser descoberto. Devo ser como um bloco de pedra de 1,71 de altura. Minha estátua está lá dentro dele. Basta um escultor chegar e começar a retirar meus defeitos que o verdadeiro por trás das palavras e das imagens do perfil do Facebook aparece. Não quero ser incoerente e desdizer meu discurso acima, o que desejo dizer que se eu não tivesse a capacidade de criar seria por falta de sensibilidade. E aí não seria nem o mediano jornalista que sou.
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