SÓ PODE TER SIDO UMA DEMONSTRAÇÃO DE DESESPERO DE ALGUÉM QUE PERCEBEU ESTAR EM DECADÊNCIA. O TRUMPISMO NAUFRAGOU.
Certamente era inacreditável que numa nação de ponta em inteligência de segurança fosse possível tamanha invasão para fazer parar a homologação de uma eleição no. Especialmente neste caso, usando armas na expressão básica da palavra e mais as da violência e da barbárie. A segurança só pode ter sido conivente. O fato é que vai ser difícil, em 2021, outro fato político superar a repercussão dessa invasão em Washington
EDITORIAL
Estimular uma invasão dessa, quando tudo indicava ser inócuo querer reverter o resultado de uma eleição que todas as instâncias judiciais a consideraram limpa e legítima, só pode ter sido um ato motivado pelo desespero, impensado, ou liderado por um sem noção.
O que o presidente Trump conseguiu com essa atitude foi dar uma demonstração de puro despreparo, desequilíbrio e irresponsabilidade.
Como pode uma super potência que tem a maleta dos códigos para dar início ao apocalipse nuclear, chegar ao ponto de estar nas mãos de um líder tão a inconsequente e às vezes infantil? Tão grave quanto invadir o Capitólio, seria se invadir a Casa Branca. Não duvide se Trump não tentaria isso, caso estivesse no comando do Legislativo e não como presidente da República e contrariassem suas vontades infantis.
Não é que o presidente não atenha méritos. Afinal, conseguiu votos de quase a metade do eleitorado. Mas, se por um lado ele conseguiu avanços na economia, no emprego e na elevação da auto estima e do patriotismo do seu povo, por outro sempre se revelou prepotente, brigão, e falhou feio ao ser negacionista frente à pandemia.
É possível que se tornasse imbatível na sua reeleição, caso tivesse ficado como “paisão das pessoas” nessa guerra contra o vírus.
O episódio da invasão só vem legitimar tudo o que dissemos nesta postagem, apesar dos mais de 70 milhões de votos que Trump recebeu.
Acreditamos que ele não estará iniciando a consolidação de um Trumpismo e sim revelando o começo de seu fim como neo-líder republicano.
É o que dá o voto cego nessas novidades que aparecem de vez em quando.
Veja no que deu a carreira política meteórica de muito fenômeno de votos aqui no Brasil: fracasso, fiasco, afastamentos, mais corrupção e até prisão. Estão sendo mais passageiros que as ondas que os elegeram.
Para um novo líder prosperar, não basta apenas uma plataforma baseada apenas em um mocinho caçador de marajá, caçador de corrupto e caçador de comunista. É preciso muito mais: amplitude nas propostas de ações, habilidade para negociar crises, competência pessoal e alto profissionalismo político e de gestão.
Texto: Eron J Silva
ERON PORTAL.
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