UM RECORTE DA CAMPANHA POLÍTICA –
Uma das histórias reais do político e ex-governador de SC, Raimundo Colombo:
O susto em Concórdia, em sua primeira campanha ao Governo…
Durante a primeira campanha ao Governo, o então senador Raimundo Colombo mantinha-se reticente quanto à ida a Concórdia fazer política.
E era explicável: lá sempre foi um reduto muito forte do PT, um dos adversários naquela campanha e que administrava a Prefeitura.
Até era compreensível, pois as reações a sua presença poderiam ser imprevisíveis.
E, afinal, estava num bom momento, líder nas pesquisas, expectativa de vitória no 1º turno.
Vale, ainda, lembrar que ele sempre foi avesso a críticas e a perguntas irreverentes ou grosseiras.
Talvez por isso retardasse ao máximo a programação em Concórdia.
O modelo de trabalho era este: chegada às cidades-sedes regionais, palestra na Associação Comercial, pela manhã, e almoço com os empresários e lideranças do setor produtivo presentes.
À tarde: visitas ao Comércio e a lideranças políticas e comunitárias.
À noite: palestra na Universidade.
Chegou o dia em que não deu mais para adiar a ida a Concórdia.
Então, a comitiva chegou à Associação Comercial, lotada de empresários.
O candidato, apesar de tenso, estufou o peito e começou a falar.
Na primeira fila estava um gringo, italiano daqueles bem altos e de chinelo. Mexia-se na cadeira, franzia a testa e pigarreava de vez em quando. Louco para falar…
Colombo logo imaginou: esta aí! Esse gringo vai ser minha pedra no sapato.
Não deu outra: foi só abrir a palavra ao público que o italiano foi o primeiro a levantar o dedo.
(Provavelmente o candidato gelou, imaginando, “pronto, estou frito!”)
– Colombo:
– “Pois não, Sr, a palavra é sua”!
O italiano exclamou blasfêmias das mais pesadas:
-“Ma porco Dio, Colombo! Porca Madona! Ma tu é o seu Atílio escrito. Em pessoa! Até a voz é igual”!
(Seu Atílio Fontana sempre foi um ícone em Concórdia e em SC…)
Então a gente só imagina o alívio do candidato!…
Enquanto orientavam para novas perguntas, Colombo chamou a retaguarda e ordenou: “achem logo um livro com a biografia desse tal Atílio. Deve ser um ídolo por aqui.
E alertou: lá na Universidade só vai dar ele, com certeza!”
Um detalhe:
Raimundo Colombo conhece demais a história de Atílio Fontana.
Parece até que é parente do homem: cansava de contar pra gente as histórias do fundador da Sadia. Até aquela do microfone.
Veja:
Atílio Fontana, além de poderoso empresário do Agro, criou, com sucesso, a Sadia – Transportes Aéreos.
Comprou e pagou em dinheiro vivo os primeiros aviões…
Ao chegar dos Estados Unidos – ainda no aeroporto – o repórter da rádio local chegou e disse:
– “Pronto, seu Atílio, o microfone é seu!…
Ele:
– “Shim, shim!… A “radio” também, a cidade também, você também é meu empregado…
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