É PRECISO RECONHECER QUE FERNANDO HADDAD CAIU DE PÉ, MESMO COM TODO O PESO DO DESGASTE DO PT.
Ninguém significaria ameaça a um mito como foi Bolsonaro para a maioria da população brasileira se não tivesse méritos. Nem tanato pelos 45 milhões de votos – porque o outro lado fez mais de 10 milhões a mais de votos – mas pelo seu desempenho e o discurso.
Há que se destacar que o candidato a presidente derrotado iniciou com 4% e com tantas adversidades chegou ao fim com 44%. É algo a ser considerado e creditado também à militância. Com a disputa Haddad foi ungido pelo óleo sagrado das urnas e com isso ganhou mais legitimidade ainda.
O saldo que acrescentará em sua biografia será ter conseguido virar uma alternativa para os eleitores próximos de sua ideologia e a quem era contra o adversário. Então, seu currículo – que já era bom – agora está legitimado pelas urnas, mesmo na derrota.
E o PT virou um partido que tem militância aguerrida, mas uma cúpula desastrada e equivocada que mais atrapalhou que o ajudou. Havia petista que votou no seu candidato, mas, de tão envergonhado, escondia essa decisão, certamente até das pesquisas.
O CAPITAL POLÍTICO QUE HADDAD CONSEGUIU NESTA CAMPANHA DEVE DAR ORIGEM A UMA NOVA ESQUERDA SEM O RANÇO DO DO TOTALITARISMO SOCIALISTA.
Mesmo que a vertente da esquerda agora tenha também o Ciro Gomes com uma posição consolidada, o fato é que ela será o núcleo da oposição ao novo Governo.
E o gesto de humildade de Haddad, ao tratar o eleito como presidente ao cumprimentá-lo pela vitória sem deixar transparecer ressentimentos, mostrou grandeza e que as lutas democráticas forjam líderes e que as campanhas eleitorais fazem escola. Isso, mais uma vez, foi o que o mutirão cívico – a eleição – produziu.
Felizmente o lado perdedor jurou fidelidade à Constituição e reafirmou sua opção pela Democracia, o que nos leva a crer que agora o socialismo no Brasil estará livre do vírus do totalitarismo bolivariano ou cubano.
Isso, de certo modo, afasta das futuras campanhas com a ideologia usada pelo PT até aqui, o argumento do perigo do comunismo do atraso do povo, travestido de socialismo por sonhadores interesseiros e sedentos apenas pelo poder absoluto.
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