FUNDO DE FINANCIAMENTO DE CAMPANHA E A FARRA DOS CACIQUES POLÍTICOS – Eleitor praticamente votará em listas partidárias

FUNDO DE FINANCIAMENTO DE CAMPANHA E A FARRA DOS CACIQUES POLÍTICOS – Eleitor praticamente votará em listas partidárias

Fundo público de campanha é comandado pelos partidos, por isso ele fará pouca renovação

 

Como esse fundo bilionário é comandado pelas cúpulas dos partidos, gente nova não terá muito acesso ao dinheiro. Então, em muito pouco irá renovar as caras do Legislativo.

Os primeiros da fila serão os dirigentes partidários, depois os caciques, sobrando migalhas para o baixo clero e quase nada para os novatos.

Ainda por cima sempre há aquela farra dos dirigentes partidários com o dinheiro fácil.

Um detalhe: praticamente o eleitor votará em listas partidárias…

 

Observe que sempre há pré-candidatos de pequenos partidos que se mobilizado com amigos para fazer vaquinhas através das redes sociais a fim de custear sua campanha porque dos partidos não esperam muita coisa.

A rigor, até os espaços em debates de candidatos vão ser por indicação dos partidos. Eles é que devem indicar os participantes, já que candidato de partidos de pouca representação só participarão a convite.

Logo, o partido irá influir em tudo: escolha e aprovação dos nomes, recursos financeiros e espaços na mídia.

Quem imaginou que o dinheiro púbico iria evitar o uso do poder econômico e promover renovação na classe política, enganou-se. A verdade foi que a Lei que criou o Fundo Púbico de Financiamento de Campanha acabou numa espécie de lista partidária, que é típica no Sistema Distrital Misto. Praticamente só os partidos e os figurões é que vão levar a grande pare do dinheiro.

Diante do quadro criado pelo financiamento público de campanha, praticamente vamos votar em listas partidárias. Com o argumento de que ara preciso promover uma renovação no Congresso e evitar a corrupção e a propina com o dinheiro privado, foi aprovado o financiamento público a partir das eleições deste ano. Só que legislaram em causa própria.

 

A seguir

Distribuição do fundo em 2018, quando ele era menos de R$ 2 bilhões

O CUSTO DA ELEIÇÃO – TSE (Tribunal Superior Eleitoral) divulgou o valor exato do fundo que será repartido entre os 35 partidos existentes: R$ 1.716.209.431,00. Veja quanto cada partido vai receber:

MDB – R$ 234.232.915,58 – PT – R$ 212.244.045,51 – PSDB – R$ 185.868.511,77

PP – R$ 131.026.927,86 – PSB – R$ 118.783.048,51 – PR – R$ 113.165.144,99

PSD – R$ 112.013.278,78 – DEM – R$ 89.108.890,77 – PRB – R$ 66.983.248,93
PTB – R$ 62.260.585,97 – PDT – R$ 61.475.696,42 – SD – R$ 40.127.359,42

Podemos – R$ 36.112.917,34 – PSC – R$ 35.913.889,78 – PCdoB – R$ 30.544.605,5330 –
PPS – R$ 29.203.202,71 – PV – R$ 24.640.976,04 – PSOL – R$ 21.430.444,90

Pros – R$ 21.259.914,64 – PHS – R$ 18.064.589,71 – Avante – R$ 12.438.144,67

Rede – R$ 10.662.556,58 – Patriota – R$ 9.936.929,10 – PSL – R$ 9.203.060,51
PTC – R$ 6.334.282,12 – PRP – R$ 5.471.690,91 – DC – R$ 4.140.243,38

PMN – R$ 3.883.339,54 – PRTB – R$ 3.794.842,38 – PSTU – R$ 980.691,10

PCB – R$ 980.691,10 – PCO – R$ 980.691,10 – PPL – R$ 980.691,10

– Novo – R$ 980.691,10 – PMB – R$ 980.691,10.

 



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