A DONA DE CASA ABANDONOU ESSE PRATO E MENOS GENTE PLANTA FEIJÃO. SAIBA OS PAÍSES QUE CULTIVAM E CONSOMEM O CEREAL.
Nada a ver com as ilustrações desta matéria, que são colonos de verdade colhendo feijão e milho. Mas o fato é que o preço do feijão preto às vezes é tão alto que até motiva ladrões a colher lavouras na calada da noite.
CULTURA ARTESANAL.
A cultura do feijão preto é praticamente artesanal. Porém já existem máquinas para colheita automatizada. Mas nunca dispensa a mão humana.
Até os anos 1960 o plantio e a colheita do feijão eram atividades penosas. Seu cultivo depende muito das condições do tempo (equilíbrio na ocorrência de chuva e de sol). E se chover nos três dias da florada a produção será um sucesso.
Nesse tempo eram utilizados na colheita métodos rudimentares: a trituração da palha era feita sobre uma lona pelo manguá, casco de cavalo ou batendo os feixes em tábuas.
A máquina mais sofisticada na época era a trilhadeira, uma engenhoca movida a motor que triturava a palha. O grão, já limpo, era ensacado e transportado na carroça, carro de bois ou no cargueiro (dois cestos na cangalha, sobre o lombo do cavalo ou mula).
Tempo bom nas 48 horas após arrancado, era fundamental para a qualidade do grão. Com chuva, ele germina ou apodrece no próprio pé, ainda no interior das vagens.
DIA DO AGRICULTOR
Nossa homenagem ao agricultores pelo seu dia, 28/07! Pra quem não conhece esse processo utilizado aí é com o famoso Manguá. Pai e filho estão malhando feijão no interior de Ametista do Sul.
O articulista desta matéria já fez esse trabalho aí do Manguá. Também podem ser usadas as patas de um cavalo sobre o monte de feijão. Coloca-se um guri a cavalo para dar rédeas e circular pisoteando o feijão. Também se pode bater os feixes em tábuas, como se faz com o arroz. A pessoa bate os macinhos em algo sólido e os grãos caem sobre a lona.
GRÃO AMEAÇADO DE EXTINÇÃO
Técnicos alertam para o fato de que o feijão para o consumo é um cereal em extinção. Poucos países o consomem, ainda assim por tradição. Os tradicionais produtores e consumidores são o Brasil, o México e na Venezuela.
O que ainda gera certa procura lá fora é o seu consumo em determinados restaurantes de brasileiros no exterior. Nossa culinária tradicional tem dois produtos competitivos em outros países: a feijoada e o churrasco na brasa.
No Brasil o consumo do feijão vem se perdendo no tempo. Deve-se ao fato de que a dona de casa já não pode o preparar mais devido à dificuldade e o tempo e cozimento. Vivemos uma época em que as refeições dependem mais do forno microondas do que do fogão tradicional.
Mas nem por isso a famosa feijoada irá se acabar tão cedo. No carnaval do Rio, por exemplo, as escolas de samba promovem um avento acompanhado de uma feijoada. Mesmo sendo um prato de difícil digestão, ele é feito como um “esquenta” do carnaval e o pessoal acaba caindo no samba.
O FEIJÃO VALE OURO EM ALGUNS CASOS
Nos últimos anos com a escassez do grão, o preço do feijão disparou e houve casos em que o quilo teve preço de preciosidades.
Noticiamos aqui vários casos de ladrões, estimulados pelo seu valor, colheram lavouras inteiras na calada da noite. Para bater a palha, furtaram também as máquinas batedeiras e foram pra longe para despistar as investigações.
É que o preço justifica o trabalho difícil para colher o grão. É um produtos que tem alto preço no mercado em determinadas épocas. Especialmente por causa da feijoada esse é um cereal que vale muito.
Nosso reconhecimento ao valor do produtor tradicional de grãos. Ele mantém viva a produção artesanal do feijão nosso de cada dia.
O vídeo e as fotos abaixo não são de furto de feijão. São apenas exemplos de como é difícil colher o grão. São agricultores de verdade fazendo o trabalho final na colheita de feijão e milho.
Nossa homenagem a eles que ajudam a manter a tradição da nossa agricultura artesanal que mantem viva a cultura do feijão e do milho originais.
A partir dos anos 60 essas duas culturas foram praticamente aniquiladas pelo cultivo intensivo da soja e do milho para a exportação.
Homenagem aqui do Portal ao Dia do Colono : 28 de julho.
Trilhar milho é o trabalho mais penoso devido a alergia que a poeira que sua palha provoca. O jornalista Eron J Silva, aqui do Portal, já fez este trabalho. Uma das suas primeiras tarefas remuneradas foi a de ajudante de trilhadeira.
ESSE AÍ ACIMA É O CHAMADO PIXURUM
Mas o que é pixurum? Na língua falada pela gente brasileira lá das bandas do sul, pixurum quer dizer mutirão. Um pixurum acontece quando as pessoas se juntam para fazer um trabalho em favor de um só. Pode ser o plantio ou a colheita de uma roça, a construção de uma casa ou de um lugar de se guardar a colheita. (Assim está no Google).
Nessa propriedade aí do vídeo/RS, os vizinhos se reuniram e colheram, em um só dia, uma carreta puxada a bois cheia sacas de grãos da soja.
O vídeo foi uma produção do sindicato dos trabalhadores rurais e registou mais de 3 milhões de acessos.
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