ENQUANTO RADICAIS QUEIMAM A NOSSA BANDEIRA A MAIORIA A ADORA
Enquanto uns queimam nossa bandeira em praça pública e causam prejuízos estimulando greves e espalhando boatos, há aqueles que lutam para sobreviver. Esse geralmente são os que mais amam o Brasil. Estes tem nossa bandeira como um símbolo inseparável.
HÁ AQUELES QUE CULTUAM NOSSA BANDEIRA MESMO LUTANDO PELA SOBREVIVÊNCIA .
Este é um exemplo de amor ao Brasil: a bandeira é um simbolo em sua vida e em sua jornada de trabalho.
Veja o caso do catador de papel Robison Antunes Campos, um cidadão humilde que enfrenta o desafio de viver com dignidade. É mais um do Brasil que ninguém vê mas faz a Nação caminhar com as próprias pernas, desvinculada das crises: Econômica, política e moral.
Veja, também, o caso de alguém que tinha uma vida resolvida, mas teve uma desilusão conjugal e foi viver na rua. Este também da um exemplo de amor a sua cidade e ao País: varre a praça para que as pessoas de fora a encontrem ainda mais bonita. Não quis aparecer nem citar o nome. Tem vergonha por ter fracassado. Mas está conformado com a vida que leva. Também vem fazendo, todos os dias, sua parte por um mundo melhor.
E quem não pediu para nascer e dorme na rua, agarrado no saco de latinhas? Esse deve ter lá seus motivos para viver apensas na quincha da rua. Porém muitos tem culpa disso. E não é apenas sua família que o trouxe a este mundo. O sistema que exclui e que socializa os custos que financiam os bem sucedidos também é responsável por isso. Portanto, cuidar de gente como esta aí da foto não é só do poder público, também é responsabilidade nossa.
Portanto, se você estiver no seu carrão, mesmo que ainda seja de um banco, se alguém atravessar na faixa de pedestre deve ter a sua prioridade. Está lutando pela vida e um dia irá ter a oportunidade de estudar como você teve.
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ANEXO
Ninguém pediu para nascer, mas viver é desafio para os fortes
Muita gente não é valente o suficiente para enfrentar a batalha diária da vida. Muitos até tiram a própria vida, coisa divina e que é a essência de tudo.
Ninguém amanhece dormindo na rua porque quer, como numa das fotos acima. Pode até ter escolhido esse fim para sua vida. Mas a culpa não é só dele. Ninguém nasce, neste mundo, porque quer. Alguém foi o autor desse projeto de vida. Portanto, se alguém acabou sem eira e nem beira, é por que existe uma porção de culpados.
Ainda bem que este ser humano da foto, dormindo acima encontrou uma eira e até uma beira para descansar de sua longa jornada diária em busca da sobrevivência. Méritos para ele por optar em continuar vivendo. Muitos não são valentes o suficiente e tiram a própria vida, que é de Deus.
Se apenas restou ao cidadão ai a quincha da rua para encostar a fronte e dormir, pode ter certeza que não foi só culpa sua. Pode ter sido culpa do berço [sua família] que por sua vez pode ter sido vítima do sistema cruel que exclui e abandona.
Se a você restou uma vida tranqüila, abastada e feliz por sua luta pessoal bem sucedida, lembre-se de que todos têm sonhos e projetos na vida. Mas, se você que teve uma boa escola fundamental, depois uma grande Universidade como a sua oportunidade bem aproveitada, parabéns! Você venceu!
Mas pode ter certeza que se a vida nos dá grandes oportunidades, o sistema tira de algum lugar ou de alguém os recursos para o financiamento disso.
Quem fica com o prejuízo talvez fique sem condições para encaminhar seus entes queridos. E pode ter sido uma das razões para que essa criatura aí da foto acabasse na rua.
Cuidar deles é responsabilidade do poder público. Mas, você também pode ajudar. Talvez apenas de forma educativa ou conscientizando. Talvez observando melhor em sua volta. Percebendo que existem semelhantes.
Quando você estiver dirigindo seu carro confortável de uns R$ 60 mil e alguém estiver atravessando a faixa de segurança, enxergue esse alguém. Ele deve estar na luta por uma vida melhor, uma vida como a sua.
Se você está bem situado porque venceu na vida, tenha apenas essa sensibilidade que já estará valendo a pena, estará fazendo a sua parte por um mundo melhor.
Dessa forma você estará ajudando o pessoal do setor social público a também adquirir sensibilidade humana e não encarar sua missão diária de cuidar de gente apenas como um simples emprego para talvez também vencer na vida.
No meu caso, creio que Deus me deu quase tudo o que eu quis. Talvez até mais do que mereço: oportunidade de estudar, saúde e alguma inteligência. Mas, principalmente, me deu a capacidade de perceber em meu entorno. Deu-me a habilidade para em 20 minutos escrever este comentário. Foi logo após eu capturar a foto, em plena Rua Presidente Nereu Ramos. O assunto ainda estava quentinho, talvez tão “quentinho” como a calçada que restou ao personagem dessa foto repousar.
Cenas como essa eu sempre digo que são os ciscos que ficam presos nas malhas da cidade grande. Se eles são normais e compreensíveis em concentrações humanas {cidades} temos o dever e compromisso humanitário de cidadão consciente de ajudar a cuidar deles. Cada um a sua maneira, eu procuro conscientizar e sempre fazer algo material.
Muitas vezes o Jornalismo é o último recurso que resta ao cidadão. Após terem se esgotadas todas as instâncias convencionais, ele procura o jornalista para tentar reparar uma injustiça. Nem que seja amanhecendo dormindo na rua para que os jornalistas os enxerguem.
Já disse Érico Veríssimo em sua oba Olhai os Lírios do Campo. “De que adianta construirmos arranha céus, se daqui um pouco não teremos seres humanos para colocarmos dentro deles?” Quase um século e meio depois, começamos a ver a realidade dessa profecia.
Eron J Silva – Eron Portal
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