O AMOR AO PRÓXIMO É AQUELE INCONDICIONAL, O QUE INDEPENDE DE ALGO EM TROCA.
Quando o mundo já não se entende bem, em parte mergulhado no ódio, na intolerância e no egoísmo, felizmente a verdade e a tradição bíblicas nos trazem momentos como o Natal e a Páscoa para reflexão.
Creio que a gente deva exercitar cada vez mais na plenitude a essência da palavra de Jesus: o amor ao próximo.
Os acontecimentos dos últimos anos, tanto em relação ao terror do extremismo, como a decadência de valores no ser humano, são bons temas para refletirmos nestes dias.
É bom lembrar: quando você reconhece que Deus é a sua Platéia e juiz, isso transforma tudo o que você faz, tornando você melhor, mais humano, mais fraterno e agente do bem.
Já disse Érico Veríssimo, em sua obra “Olhai os Lírios do Campo”:
“De que serve construir arranha céus se não há almas humanas para morar neles. Quando o amor ao dinheiro nos estiver deixando cegos, saibamos fazer pausas para olhar as aves do céu e os lírios do campo”.
Diz o sermão da montanha “Não andeis preocupados com o que comer. Veja as aves do céu, como elas não plantam nem juntam em celeiros. No entanto, o Pai as alimenta; nem se preocupe com o que vestir, {hoje, com o carrão para andar e com a mansão para morar; daqui um pouco tudo isso de nada valerá} as coisas materiais a traça come, a ferrugem corrói e o ladrão leva. Mas o homem só vive no fogo da vaidade.
Olhai como crescem os lírios do campo. Não trabalham nem fiam! Pois eu vos digo: nem mesmo Salomão, em toda sua glória, se vestiu como um deles. Ora, se Deus veste assim a erva do campo que hoje existe e amanhã será lançada ao fogo não fará muito mais por vós, homens {egoístas} de pouca fé?”
A reflexão publicada durante a Semana Santa
O primeiro fundamento da mensagem de Jesus Cristo foi o amor ao próximo. Ele sempre exercitou os sentimentos do carinho, da piedade, da compaixão, da gratidão e do reconhecimento. Colocou sempre a Justiça acima de tudo. E só fez o bem!
Ele sempre mostrou o caminho do amor, da humildade, da bondade, do perdão e da misericórdia.
Cristo perdoou pecadores, avarentos, exploradores e fez cegos enxergar. Também deu olhos a quem não queria ver.
Curou os doentes e amou as crianças. Ressuscitou os mortos de alma e multiplicou os pães para dar de comer os pobres. Transformou água em vinho para mostrar que era preciso mudar. Na tradição da época os casamentos tinham prazo de validade.
O milagre da água transformada em vinho foi um simbolismo, como se ampliada alegria da festa, isto significasse, também, ampliar a duração do casamento. Neste episódio, seu primeiro milagre, Ele atendeu a um pedido de sua mãe: Maria.
Mesmo diante de tantos exemplos, muitos nem lhe deram ouvidos. Estavam surdos e cegos, na escuridão, em busca de dinheiro, prazer e poder.
Bem igual aos dias de hoje, quando muitos parece não terem entendido nada!
Mesmo com a vida toda no caminho do bem, Jesus foi o mais perseguido dos homens. Foi preso, humilhado e morto. Mas cumpriu sua missão! Morreu numa cruz para salvar quem decidir segui-lo! Ressuscitou dos mortos e subiu ao CÉU.
JESUS NASCEU, VIVEU, FOI CRUCIFICADO E RESSUSCITOU NOAS LUGARES MAIS HUMILDES.
O Apóstolo Pedro disse: ”Vã seria nossa Fé se Ele não ressuscitasse!
A reflexão feita durante a Quaresma.
Há quem diga que Jesus Cristo veio ao mundo para salvar toda a Humanidade. A intenção deve ter sido ESSA. Mas é bom lembrar que para a salvação há que haver arrependimento, aceitação de ensinamentos e de uma vida nova. Isto sobre a visão da religião, que se embasa na Fé. Vamos ficar mais em torno do homem Jesus.
Talvez não tenha sido à toa, penso eu, que Jesus escolheu, até como homem, viver mais entre os do caminho errado e menos entre os justos. Afinal, era preciso mostrar o caminho do arrependimento e da renovação para a salvação.
Há 2017 anos o mundo era muito parecido com o de hoje, onde a maioria pensa em se locupletar, em privilégios, na zona de conforto e ajeitar seu lado. Era um mundo em que também poucos ouviam o clamor das ruas.
A tradição bíblica diz que Deus Pai enviou o Filho para dar jeito no homem. Que Ele se preparou durante 30 anos e pregou apenas durante três, o suficiente para revolucionar e virar ameaça, porque ousou desafiar o Poder Constituído da época.
No Clero (como hoje em nosso Congresso), estavam os verdadeiros vendilhões do Templo. [Ainda bem que o Clero já mudou muito]. Naquele tempo também só pensavam em dinheiro, poder, prazer e conforto.
Revelam estudos mais recentes que no tempo de Cristo a grande fonte de lucros da Igreja e do Governo era a cobrança pela purificação para entrar no Templo. Hoje é igual, alguns agentes públicos cobram para autorizar obras públicas e para “fazer o bem”, como o caso dos políticos.
A passagem bíblica da ira de Jesus com os camelôs vendilhões da época foi simbólica. O alvo do Cristo eram as piscinas de purificação, antes da entrada no Templo. [Escavações arqueológicas teriam descoberto isso.] Portanto, parece que o mundo já era um mar de corrupção e de propina!
Se você pensa que vai continuar errando (pecando) que basta se arrepender para se salvar, pode estar enganado. Só se salva quem se arrepende, não peca mais e adota vida nova. E isso também vale em relação à Lei dos homens.
Mas a mudança de atitude anda cada vez mais difícil. Não só entre os que parecem pensar que vivem noutro Planeta ou noutro Plano, mas, também entre os mortais. Muita gente ora muito e se esquece do semelhante. Nem percebe o mundo em volta. O TER está acima do SER. Há gente que vive na igreja, mas não a leva para casa e para a prática.
Até é possível que quando o Filho do Pai voltar se encorajem a fazer pior do que matá-lo numa Cruz!
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