É CORRETO A GENTE AFIRMAR QUE NOSSA DEPENDÊNCIA DAS ESTRADAS É UM LEGADO DE QUEM PENSOU UM PAÍS SOBRE PNEUS.
Fazia tempo que a gente não via um anúncio de medidas não apenas paliativas, mas que procurem resolver o problema a que se destinam.
No caso do anúncio de hoje para os caminhoneiros foi um exemplo de que o Governo Federal está pensando mesmo em uma solução sustentável para o problema da dependência extrema das estradas por parte de nossa Economia. Para ser mais claro: a dependência dos caminhoneiros.
O Governo pensou medidas em cinco frentes principais: a melhoria da infraestrutura, a lucratividade do frete, o crédito, nos gastos com os combustíveis e segurança e conforto dos profissionais.
ANEXO
REFLEXÃO HISTÓRICA DOS TRANSPORTES E DA INFRAESTRUTURA DO BRASIL.
De Juscelino pra cá os sucessores só pensaram num transporte sobre pneus.
Não é que a gente seja anti carro, anti caminhão e anti JK. Ao contrário, JK foi um exemplo de presidente determinado e que acertou em quase tudo. Única coisa que não foi pensada pelos sucessores, foi em um equilíbrio em relação aos transportes e não houve continuidade no incentivo a ferrovias, hidrovias e navegação costeira.
Com a dependência em tudo dos veículos, o automóvel passou a ser o sonho de consumo de todo brasileiro comum. Tudo começou com a necessidade de incentivar o uso do automóvel. Foi quando ficamos sobre quatro pneus.
O resultado foi que é cada vez maior a dependência do veículo automotor. Consequentemente, o poder dos agentes do setor de transportes também. Dos caminhoneiros, então, nem se fala.
Desde o plano de metas de JK e de seu desafio de crescer 50 anos em cinco que vivemos esse problema em relação ao petróleo. A dependência da Economia do Brasil dele é tanta que no passado já foi considerado o maior vilão da inflação.
Desde Juscelino que o automóvel é moda, demonstração de boa situação financeira e status. Enfim, as muletas do brasileiro. Em consequência, se observarmos bem, tudo depende dos combustíveis. Do automóvel ao caminhão de carga e o de transporte de massa.
Sem falar na estrutura montada para o veículo automotor: a refinaria, a distribuição, a rede de postos, os empregos e até os impostos que seguram a barra do governo, dos estados e dos municípios.
É uma estrutura que nos amarra e nos torna reféns. Experimenta lançar só carro elétrico! É só gritaria, quebradeira e desemprego.
Com relação aos impostos, toda vez que você coloca gasolina no tanque, mais de a metade é para os impostos e margem de lucros da cadeia. É por isso que o Brasil exporta gasolina excedente por um terço do preço. É porque esse é o preço sem os impostos.
Tudo porque o País vem desde os anos 60 montando uma estrutura sobre pneus. É a dependência do automóvel, do caminhão de carga e dos veículos de transporte de massa que é cada vez maior.
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