NENHUM GOVERNO DECOLA COM TANTO INIMIGO NA TRINCHEIRA. REFORMA ADMINISTRATIVA PRECISA ACABAR OU PELO MENOS FLEXIBILIZAR A ESTABILIDADE DO FUNCIONÁRIO PÚBLICO.
Não que isto signifique apenas demissões e demissões incentivadas, mas que pelo menos as novas gestões possam reacomodar o capital humano com estabilidade e assim reduzir seu poder político eleitoral que nem sempre é do interesse público.
EDITORIAL
Os partidos de esquerda, especialmente o PT, nasceram dentro do setor público. Então, qual a segurança que terão as autoridades para preparar suas políticas de governo, se cabos eleitorais podem bisbilhotar tudo e usar para seus interesses pessoais e partidários?
Quem garante que assuntos de Estado não podem chegar quentinhos às mãos da oposição?
PUXANDO O TAPETE
O fato é que depois da Constituição de 88 o ativista político e o cabo eleitoral ganharam força e cada vez mais liberdade para agir.
E isso, em parte, fere a legitimidade do voto e torna muito desigual a disputa nas eleições. Sem considerar o poder de mobilização contra mandatários e as dificuldades para o Executivo andar, em caso de quebra ideológica, como atualmente.
Collor caiu com os caras pintadas na rua e o minoritário apoio no Congresso. O sucessor, Itamar Franco, nem precisou de transição. Gerou FHC, que passou o bastão a Lula, também sem nenhum significado de mudanças mais profundas.
Nos quatro mandatos do PT, igualmente não houve quebra da corrente. Com isso, o viés ideológico no setor público fez inflar a militâncias e o ativismo político no setor público.
Agora, que houve mudança da água paro vinho na orientação política do Governo Federal, a máquina do Estado está vulnerável e nas mãos do inimigo.
ERON PORTAL
Texto: Eron J Silva.
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