Os contrastes de SC, a ‘Europa Brasileira’
Vale a pena traçarmos um paralelo entra a formação das regiões de Santa Catarina.
A Serra Catarinense, a última fronteira do desenvolvimento do estado, é muito singular.
No Vale do Itajaí, por exemplo, o desenvolvimento foi construído com base numa cultura diferente daquela do caboclo ‘pelo duro’ originário da povoação primitiva: é a colonização europeia.
Por que as outras regiões são ricas e a Serra Catarinense ainda é pobre?
Vamos a uma reportagem que realizamos há tempos e que agora atualizamos e reeditamos pra você.
Sempre tivemos curiosidade de entender porque o Vale do Itajaí é rico, mesmo castigado periodicamente por cheias. Por que consegue se reerguer tão rapidamente das catástrofes?
Vamos a algumas comparações:
Em Blumenau e Rio do Sul, por exemplo, geralmente os membros das famílias tem a tradição de saber atuar com desenvoltura na indústria. Com isso, todos tem mais chance de encontrar trabalho. Então, lá o maior patrimônio das pessoas é sua capacidade de empreender, a competência e o preparo de cada um. Por isso que se recuperam rapidamente de uma catástrofe, por exemplo.
Agora, veja como geralmente são as propriedades na Serra:
A casa geralmente é sem jardim ao redor. Não há cerca e quando há faltam ripas porque o proprietário as queimou durante dias de chuva e frio. As paredes têm frestas que uma coruja passaria voando de um lado para o outro.
No campo ao lado, no máximo há um bezerro, ainda magro de tanto o sujeito alugar o pobre para laçadores correr atrás nos rodeios.
Ao lado da casa, às vezes há um pessegueiro. Mas que não foi plantado. O guri comeu o pêssego, largou o caroço, nasceu e se criou guacho o pessegueiro.
Em termos de verduras, apenas pode haver alguns pés de couve. Mas o talo bem alto de tanto retirarem as folhes dos mesmos pés. O cidadão nem aprendeu que a couve você lasca um galho e o enfia na terra e ele brota, gerando novo pé de couve. Em questão de dois meses há couve espalhada por todo o canteiro.
IMPORTANTE!
Nunca devemos esquecer que a cultura, a história e os costumes de uma comunidade são sagrados, intocáveis. Não se pode falar mal disso. Até porque são valiosos produtos turísticos. São referências do passado e que servem para ilustrar e reverenciar a saga de quem fez a História.
Então é um legado importante que precisa ser respeitado e valorizado como patrimônio comunitário.
Porém, daqui em diante quem não se enquadrar aos novos tempos e tendências está morto e ainda nem sabe.
Então sempre vale a pena traçarmos um paralelo entre a formação de outras regiões e a da Serra, que é última fronteira do desenvolvimento catarinense.
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