Dificilmente irá mudar alguma coisa no Brasil enquanto o Norte – Nordeste estiver dando as cartas no Legislativo. Com o atual sistema eleitoral os Estados do Norte, do Nordeste e quase sempre com o apoio do Centro Oeste, estão em vantagem. Há um desequilíbrio de forças que favorece lá pra cima.
Com um terço da população, essas três regiões vencem tudo no Congresso quando fecham questão. Para início de análise é só observar que o Estado de São Paulo, com mais de 30 milhões de habitantes, tem três senadores, mesmo número de Roraima, com uma das menores populações do País.
Na câmara dos Deputados é praticamente a mesma coisa. Os deputados do Sudeste e do Sul, onde está a maioria da população brasileira, tem menos força que os parlamentares de outras regiões somados, tendo em vista o maior número de Estados.
A saída para corrigir a distorção seria estabelecer um peso maior aos deputados do Sul-Sudeste. Ou criar novos estados aqui pra baixo. Mas será difícil isso acontecer porque o pessoal lá de cima barra através do voto.
Portanto, a questão prioritária não é a forma de eleger parlamentares, Fundo partidário de R$ 3,5 bilhões e cláusulas de barreira. Nem Distritão, Sistema Misto ou como está. A questão mais importante é uma representação política regional mais coerente com a questão demográfica.
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