OLHA A CAPA DA GAITA, GAITEIRO!
No passado as moças usavam tecido de algodão, geralmente de sacas de sal ou açúcar, para confeccionar as roupas de baixo.
Num baile do Sul, uma das mais dançadeiras da Serra Catarinense fazia sucesso no vaneirão e o chotes.
Numa ocasião ela fazia proezas na sala ao demonstrar suas habilidades coreográficas…
Numa daquelas sentiu que descia alguma coisa, perna a baixo…
Mas ela não se apertou: jogou a peça com o bico da bota ao gaiteiro e gritou:
– Olha a capa da gaita, Tio Nelo!
(Conteúdo resgatado pelo folclorista Antônio Augusto Fagundes).
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Gaúcho raiz inaugura restaurante rural no Sul…
Já na inauguração, enfrenta o primeiro problema:
Um cliente não quis o prato do dia: língua ao molho.
Chamara o chiru para resolver a crise.
O rapaz:
– Não como nada que saia da boca do animal!
O gauchão:
– Mas não tem problema, tchê, “mando frigi uns ovo” pra ti agora mesmo…
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Deu a potranca de estimação ao compadre…
O cara, de vez em quando fazia uma visita suspeita à comadre enquanto o marido viajava.
Numa das vezes, o compadre teve que voltar antes e deu de cara com o ‘visitante’, bem cedinho, ainda na cozinha.
Sem ter o que dizer, inventou uma explicação:
– Compadre, tô com essa potranca aí na carroceria da caminhonete que não aguento mais.
Vê se dá um jeito e corrige esse bicho!
Daí vê se tem alguma serventia e pode ficar com ela…
Plantando a tiro e colhendo a laço…
O gaúcho, cansado de criar gado, resolveu ser agricultor.
Dono das piores terras do Rio Grande, o baita conseguia plantar e colher em uns locais dos mais ingrimes da região.
No bolicho, a turma pergunta:
– Mas como é que tu plantas naquelas pirambeiras? Nem dá para colher!
Ele:
– Muito simples, tchê!
Semeio a tiro e colho a laço…
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Para o churrasqueiro do Sul, picanha e filé têm cheiro de tinta…
Segundo o cara do Sul, o churrasco que se prese tem que ser de costela!
O gaúcho raiz, por exemplo, não faz churrasco de picanha e nem de Filé…
É porque tem cheiro e gosto de tinta e não engraxam o bigode…
Ele explica melhor:
– A tal de picanha e o tal de filé têm “sabor de coisa nenhuma”, não engraxam o bigote e têm cheiro de tinta da nota de 100,00…
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O gaúcho raiz ‘cabeça branca’ e a churrascada que exige “retrato selfie”…
Descontraindo no pampa…
O gaúcho ‘cabeça branca’ raiz patrocina o churrasco assado em braseiro no gramado (espetos fincados no chão).
Como um pires de leite, arrodeado de gatinhas, ele já vai alertando:
– “Ai de quem não sair no retrato da selfie!…”
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O GAÚCHO RAIZ E A TORNOZELEIRA
Acabaram os tragos e o futebol com os amigos.
O gaúcho informa aos amigos no bolicho:
– Daqui em diante me afasto de vocês por tempo indeterminado…
Mas por que isso, pergunta a turma?
Ele:
Vou cumprir prisão domiciliar e o primeiro item do regulamento acaba com as saidinhas com os amigos…
O pessoal:
– Mas como? Que condenação foi essa?
Ele:
– Fui sentenciado ao uso da ‘Prenda Tornozeleira’: me casei…
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A DOR DE UMA SEPARAÇÃO
No bar mais tradicional de aperitivos, em São Joaquim/SC, o cara está na mesa, com a garrafa de batida abaixo do meio e o copo já pela metade, com a mão no queixo e mergulhado na tristeza…
Os amigos chegam e perguntam o motivo de tanta amargura.
O cara desabafa:
– É, uma separação sempre é muito triste! Às vezes a gente parece que até perde o chão!…
Os amigos:
– Que nada, saia logo dessa ‘deprê’… Afinal, ela nem merece, pois nem te amava!…
Até já dizem as más línguas que até dá seus pulos por aí!…
Ele:
– Mas eu me separei foi do meu sócio lá na empresa, não da mulher!…
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E não é que o gaúcho raiz nega o estribo!?
Um gaúcho dos mais conversadores chega à fila do exame da próstata e vai passando a conversa de um por um e ganhando o lugar da frente.
Quando já era o primeiro, alguém passou correndo e gritando, com a roupa de baixo do braço.
Para tentar evitar muito escândalo, o médico veio correndo atrás, com o jaleco ainda aberto e tudo à vista…
Deu com aquela barbaridade de gente e, sem muito o que dizer, olhou para o gaúcho – o primeiro da fila – e perguntou:
Tu que és o próximo?
O gaúcho:
– Sabe que até nem sabemos mais, tchê!…
Chegamos meio entreverados!…
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Arrependido de ter informatizado as escolas.
Prefeito de um dos estados do Sul confessa que está arrependido de ter doado um computador a cada aluno da rede municipal.
Segundo ele, após informatizar as escolas surgiu um surto de leptospirose.
Um repórter perguntou:
– Mas qual a relação do computador com a doença.
Ele:
– Não sabia ainda que se pega essa doença pela urina do mouse?!…
VALENTIA NO BOLICHO
Pintaram de rosa o cavalo do ‘gaúcho raiz’
Um gaúcho esbravejava entre os amigos no bolicho:
Quero saber qual foi de vocês que tingiu meu cavado de rosa?…
Sou gaúcho raiz, daqueles que não comem mel, mastigam abelhas!…
Quem fez isso vai lamber até que volte ao pelo original…
Nisso entra um cara de uns 2 metros e 10 de altura e grita:
– De quem é aquele matungo pangaré que tingi de rosa, lá fora?
O gaúcho raiz – mastigador de abelhas – viu aquele baita gacho e respondeu:
– É meu o cavalo… Agora tu já podes passar a outra demão, já secou a primeira…
VEJA MAIS UMA DE GAÚCHO RAIZ
O turista que não come nada que saia da boca do animal…
Um turista complicava para o garçom, ao escolher o prato, na fazenda de turismo rural.
Então, o dono da casa, um Boi de Botas raiz, chegou e sugeriu um prato substituto.
E disse:
Caso não goste do prato de noje – língua ao molho – posso mandar fazer outro…
Então menda vir outro, disse o cliente… Não como nada que saia da boca do animal…
O dono do restaurante estufou o peito e disse:
– “Mas não tem problema, tchê! Mando frigi uns ovo pra ti, agora mesmo!!!…”
(Resgate popular feito por Ivan Taborda.)
MAIS UMA
CAPA DA GAITA
Antigamente {até mesmo hoje} no interior do Sul as mulheres faziam a roupa de baixo com tecido de algodão, aquele das sacas de açúcar, sal ou farinha. Algumas até conservavam a marca Mossoró.
Num baile da região da Serra Catarinense, a moça mais dançadeira da redondeza usava a roupa de baixo presa na cintura com um cordão, arrematado com um tope, no lado.
As marcas vinham uma atrás da outra, como punhaladas de canhoto. Era só chote, vanerão e rancheira de arrombar.
A gura se entreverou na dança e parecia um pião: rodava para os dois lados.
Numa daquelas, desprendeu-se a peça da cintura e escorregou perna abaixo. Mas ela não se apertou: com o bico da bota, jogou a calcinha para o gaiteiro, e gritou: Olha a capa da gaita, Tio Nelo!
O BOI DE BOTAS
ORIGEM DESSA EXPRESSÃO
Boi de Botas é a designação do serrano de Santa Catarina – especialmente de Lages – pela valentia demonstrada na Revolução Farroupilha.
As tropas de David Canabarro passaram pela Serra Catarinense, onde reconheceram a proclamação da República Juliana de Lages. Desceram a Laguna, onde já estavam Giuseppi Garibaldi e Anita Garibaldi para comandar as tropas em novas batalhes planejadas.
A certa altura, atolou na lama um canhão puxado por bois. Um pelotão de lanceiros lageanos resolveu a parada: desatolaram a arma demonstrando enorme força e bravura.
Assim exclamou o comandante farrapo: “- Esses lageanos forcejam feito bois de botas!”
Estava criando o designativo do peão de estância serrano, que geralmente é mais grosso que dedo destroncado.
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AS PROEZAS DO BOI DE BOTAS
Veja aqui os causos mais engraçados do Brasil. Isto acontece no Sul e as histórias são todas verídicas. Você vai dar gaitadas de risos!
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UM BOI DE BOTAS NOS ESTADOS UNIDOS
Um conhecido Boi de Botas de Lages recebeu a visita de um amigo que recém chegara dos Estados Unidos. Vestia uma camiseta com a inscrição no peito: “Universidade de Boston”.
O Boi de Botas não deixou por menos: mandou logo estampar uma igual, mas com a inscrição: “Universidade de Merdon”.
Tiramos de uma charge do livro de Barbosa Lessa, folclorista e estudioso da cultura do Rio Grande do Sul. Foi reeditada nos causos do jornalista Eron J Silva em seus tempos de Jornal a Notícia/Joinville-SC.
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AS MELHORES HISTÓRIAS FOLCLÓRICAS E REAIS DA REGIÃO DA SERRA CATARINENSE.
PESCARIA NO PANTANAL
Uma turma de um dos estados do Brasil {parece-me que bem de perto da SC} todo ano vai pescar no Pantanal do Mato Grosso.
Dizem que o grupo reúne empresários, profissionais liberais e até alguns políticos.
Só que a única coisa que parece que não fazem no Pantanal é pescar. Seria só um pretexto. O negócio, mesmo, é fazer folia e se divertir.
Também dizem que no meio da viagem há até um estabelecimento especializado em fornecer peixe, arranjar caixa de isopor para conservá-lo, tudo com muito sigilo.
Desconfiadas, as esposas desses amigos começaram a se movimentar e pressionar para participar da próxima pescaria. Uma ligava para a outra sugerindo a ideia.
Os “pescadores” se reuniram para debater o assunto. Chegaram à conclusão de que não daria nada. Elas iriam perceber que não passava de pescaria mesmo. Uns sugeriram para esquecer o repelente de mosquito, que nunca mais iriam querer pescar.
E lá se foram para a pescaria.
Acontece que o final da viagem é por água. Uma Chalana, espécie de balsa, um verdadeiro hotel flutuante, leva o pessoal por cerca de 300 quilômetros Pantanal acima.
Não contavam com um detalhe: por azar, nessa viagem, o balseiro era o mesmo da pescaria anterior.
Já na chegada, com as esposas entreveradas na turma, ouviram do balseiro:
– Nossa! Não dava pra arrumarem umas mulheres um pouco melhores? As gatas da pescaria anterior davam de 10 a zero nessas aí!
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O COMPADRE E A COMADRE
Tomar um chimarrão ou ir pra cama?
Um compadre foi visitar o outro, mas, deu com os burros n’água. O compadre viajou e só voltaria muito tarde.
A comadre sugeriu que esperasse, enquanto colocariam a conversa em dia.
Ficaram aguardando e nada do compadre…
Quando viu que o homem não vinha mais e já passava da meia noite, disse:
Comadre, agora ficou tarde, nem dá mais para eu ir embora. Temos duas saídas:
tomar um baita dum chimarrão, ou ir para a cama, dormir.
Ela…
Compadre do céu, não é que me pegou sem erva!…
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OS COMPADRES BÊBADOS.
UM DELES DESCOBRIU QUE O DIABO EXISTE.
Dois compadres, bêbados, iam para casa, medindo a rua, cambaleando de um lado para outro.
De repente um deles disse:
– Compadre de Deus, nem te conto! Não é que descobri que o Diabo existe mesmo. Agora tenho certeza disso!
O outro bêbado:
– Como descobriu?
Resposta:
– Eu vi um. E por sinal deve ser casado, porque tem Chifres.
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FASES DA IDADE DA VIDA DO HOMEM E DA MULHER DO SUL.
As características das fases da idade do homem:
As fases da idade do homem e seus hábitos alimentares relacionados aos dos animais.
Veja em qual fase de idade você se encaixa
Dos 18 aos 21 anos – Idade do Urubu: não escolhe muito;
Dos 22 aos 25 anos – Idade da Engorda: só quer encher a barriga, não é muito seletivo;
Dos 26 aos 35 anos – Idade do Suíno: muito relaxado, come e vira o cocho. É Homem DVD: logo após virar o cocho, Deita, Vira e Dorme;
Dos 36 aos 45 – Idade da Águia: precisa se reciclar e se reinventar. Como não sabe muito bem o que quer, vive se isolando e se separando, tentando escolher outro prato;
Dos 46 aos 55 – Idade do Papagaio: fala muito e não come quase nada. Só faz muita algazarra.
Dos 56 aos 70 – A Idade do Lobo Mau: corre o dia inteiro atrás do Chapeuzinho Vermelho e à noite vai pegar a Vovozinha!
Dos 70 anos em diante – A idade do condor: com dor aqui…com dor ali…
FASES DA IDADE DA MULHER
As fases da idade da mulher, relacionadas aos Continentes.
Veja em qual delas a princesa aí se encaixa:
Dos 18 aos 21 anos – É a Oceania: já sabe muita coisa, mas ainda precisa aprender muito;
Dos 22 aos 30 anos – É a África: fogosa, ansiosa, e um pouco inconsequente;
Dos 31 aos 36 anos – É a América: altamente técnica, competente e poderosa;
Dos 37 aos 45 – É a América Latina: sempre explorada, sofrida, machucada e sempre em crise de relacionamento e existencial;
Dos 46 aos 55 anos – É a Ásia: misteriosa, místicas, religiosa e já começa a pensar nas pantufas e no edredom;
Dos 56 em diante – É a Europa: metida a boa, mas bombardeada e desiludida. E ainda é obrigada a cuidar dos refugiados e se protegendo dos extremistas do Estado Islâmico!
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BOI DE BOTAS RECEBENDO HOMENAGEM
Um Boi de Botas de um município da região foi homenageado na Câmara de Vereadores com o Título de Cidadão. Na sessão solene o vereador autor do projeto, também legítimo Boi de Botas, da mesma localidade do novo cidadão, foi fazer o discurso e pagou o maior mico até hoje.
Exibindo o Diploma, disse: – “- que o homenageado, meu cabo eleitoral, compadre e vizinho, leve este Diploma como um prêmio por ter tido a coragem de vir morar neste município”.
Percebendo a gafe, emendou: “- porque quando ele chegou aqui isto era um sertão. Ali onde está a igreja matriz era um pinhal (floresta de araucárias). Peguei muitos veados por ali”.
Aí um personagem folclórico da platéia – daqueles que sempre existem em toda cidade que se preze – acrescentou: “- e ainda pega, de vez em quando!”
……….
O BOI DE BOTAS INAUGURANDO O CAVALÓDROMO
Um Boi de Botas de um município da região reivindicou ao seu vereador a construção de um Cavalódromo. Tratava-se de um local com estrutura, segurança e trato para os animais do pessoal que vem do sítio. O vereador entrou com um projeto e a Câmara aprovou por unanimidade.
O prefeito realizou a obra em tempo recorde. Na inauguração, fez um discurso mais ou menos assim:
“Uma sarva de parma pro vivente que corto as maderas; uma sarva de parma pro carpintero da obra; uma sarva de parma pro gamelero que fez o cocho de madera de cedro; uma sarva de parma pro encanadô que instalô a tornera”.
De salva em salva, chegou ao fim do discurso. Não tendo mais assunto, deu uns três ou quatro passos até a torneira, tomou três goles d’água e disse: “Pronto, está inaugurado!”.
Esse mesmo prefeito já havia inaugurado um banheiro carrapaticida para o gado. Ao chegar ao local, deu uma bronca no chefe e gabinete:
“Não te disse pra me trazê um “carção” pra mim inaugurá esse diacho de banheiro?”
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