Nesta quarta, dia 12, a Câmara de Vereadores realizou uma audiência pública para discutir o problema dos animais de rua. O debate foi por indicação do verdor Bruno Hartmann. O prefeito Antônio Ceron foi representado pelo Secretário Euclides Mecabô, de Serviços Públicos. Presidida pelo vice-presidente, Luiz Marin, a sessão contou com bom público e a presença de pessoas influentes, entre elas a Diretora de Meio ambiente, Silvia de Oliveira.
Em seu discurso o vereador Bruno destacou: “A proposta da audiência pública foi visando discutir assuntos referentes aos animais carentes e políticas públicas voltadas à causa animal.
Não é novidade que a situação dos animais de rua se tornou um problema sério, há muito tempo fora de controle. Tal situação vem se agravando diariamente diante da ausência de políticas públicas efetivas voltadas à causa animal, saúde pública e assistência social. Temos de ter em mente que a causa não é isolada, mas, interligada a outras de igual importância.
Além disso, aliada à falta de programas de conscientização acerca do abandono e da posse responsável temos uma cultura ultrapassada de considerar o animal uma coisa, ao invés de um ser.
Temos visto um crescente número de descarte, largado à própria sorte e com isso trazendo problemas e transtornos à população, à saúde e ao trânsito.
Se existem tantos animais abandonados é porque tem muita gente irresponsável fazendo este descarte. Sabemos que quem gosta de animais não quer vê-los na rua, mas até mesmo aqueles que não gostam não os querem lá.
Assim, o abandono não é um problema só para os cuidadores, protetores, enfim, daqueles que amam os animais e sim é um problema de toda a coletividade que não tolera mais o caos que se instalou.
Sabemos, como já foi dito anteriormente, que ainda faltam políticas públicas mais efetivas contra os maus tratos e o abandono, mas não poderemos esquecer que esses problemas têm uma origem: é na falta de conscientização, na negligência por parte de muitos dos nossos cidadãos, que são, sem dúvida, são os verdadeiros causadores desse mal.
De outro lado, vemos pessoas dispostas a tentar minimizar os danos, trabalhando voluntariamente no resgate, cuidados e proteção e pessoas não menos envolvidas, que mesmo não trabalhando diretamente com a causa, tem demonstrado interesse e solidariedade em tentar solucionar o problema.
Nos deparamos, ainda, com pessoas que, com razão, se incomodam com a perturbação causada pela bicharada que andam em massa pela cidade, tirando o sossegos de muitos.
Mas volto a frisar: o problema não são os animais! É a falta de consciência, a negligência e a irresponsabilidade do ser humano que não pensa nem no seu animal, nem no do seu vizinho, nem na sua comunidade. Joga seus animais na rua, transformando-os num problema para toda a sociedade.
Conjugado a tudo o que foi exposto temos ainda uma deficiência junto aos órgãos públicos que diante da grande demanda de serviços e estrutura insuficiente, não conseguem abarcar a totalidade dos atendimentos necessários para se alcançar a erradicação deste problema, além das inúmeras denúncias, fundadas e infundadas acerca do assunto. Isso tem assoberbado o Ministério Público na busca de uma solução para os conflitos.
Chegou a hora de juntos, Poder Público e Sociedade, mudar esta situação! E para que isso aconteça precisamos do apoio e da união de todos para que possamos formar e garantir uma harmonização de direitos entre os homens e os animais”.
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