BALANÇO DE 2017 E PERSPECTIVAS PARA 2018 SÃO DESTAQUES DA 10ª CARTA DE CONJUNTURA

BALANÇO DE 2017 E PERSPECTIVAS PARA 2018 SÃO DESTAQUES DA 10ª CARTA DE CONJUNTURA

Os números confirmam a retomada do crescimento econômico em 2017. Entre o período de janeiro a outubro de 2017, a indústria nacional registrou crescimento de sua produção de 1,9%. As vendas do comércio varejista cresceram 1,3%, indicador que reflete a retomada do consumo. A taxa de desemprego, que atingiu um de seus maiores índices no primeiro trimestre de 2017 (13,7%) reduziu 1,3 pontos percentuais até setembro. Todos esses dados confirmam a volta do crescimento do Brasil que já deve ocorrer no fechamento de 2017, e já afasta o país do eixo recessivo alcançado principalmente entre 2015 e 2016. As projeções apontam que o PIB brasileiro cresça 0,91% em 2017 e 2,62% em 2018, segundo relatório FOCUS de 08/12/17.

Os dados acima foram analisados pela Federação das Associação Empresariais de Santa Catarina (Facisc) na 10ª edição da Carta de Conjuntura, que está disponível para consulta no site da Federação. O documento é uma publicação quadrimestral que apresenta um levantamento de indicadores relevantes da conjuntura econômica catarinense comparados com dados nacionais, além de fazer uma abordagem macroeconômica brasileira e internacional. Na Carta, a entidade também analisa o desenvolvimento de Santa Catarina perante outros Estados, baseada em dados estatísticos.

Para o presidente da Facisc, Jonny Zulauf, os dados demonstram o que o empresário vem sentindo na pele desde 2015. “Com a economia em crise, os reflexos se deram em muitos setores, demonstram quedas sucessivas de produção, vendas e empregos, e em paralelo o agravamento da crise fiscal, ou seja, das finanças públicas. Apesar da retração econômica, a análise da conjuntura atual demonstra que os impactos mais severos da crise já passaram”.

Santa Catarina

Santa Catarina já se mostra como potencial propulsor a sair da crise em um processo mais breve. Entre os setores produtivos somente o setor de serviços registrou queda no período em análise (-7,20%). A indústria (4,1%), o comércio (13,7%) e o setor de turismo (6,0%) registraram crescimento superiores à média nacional. A taxa de desemprego caiu 1,2 ponto percentual nos últimos dois trimestres e Santa Catarina gerou um saldo positivo de 46.170 vagas de empregos formais entre janeiro e outubro de 2017 correspondendo a 15,2% dos empregos criados no país. Como resultado, a atividade econômica em Santa Catarina cresceu 3,52% entre janeiro e setembro de 2017, e foi o segundo estado que mais cresceu no Brasil. “Santa Catarina não apresentou grandes vulnerabilidades como ocorrera em outros estados nas contas públicas e também não elevou os impostos, ponto esse determinante e que também contribui para uma maior estabilidade da economia estadual, além de sua diversificação característica dos setores produtivos em seu território”, explica o analista econômico da Facisc, Leonardo Alonso Rodrigues.

André Gaidzinski, vice-presidente de Infraestrutura da FACISC, pontua que mesmo diante desses fatos é necessário estar atento ao momento atual. “As finanças públicas brasileiras por exemplo, entre janeiro e outubro registraram um déficit primário de R$ 77,3 bilhões de reais e a dívida bruta do país já alcançou o patamar de 74,38% do PIB brasileiro. Além do mais, as incertezas quanto ao prosseguimento das reformas, o ano eleitoral de 2018 e o cenário político agitado contribuem para travar de alguma maneira a continuidade da recuperação econômica”.

Expectativas para 2018

O ano de 2018 se apresenta inicialmente como continuidade do que ocorre já em 2017. Fatores como a queda dos juros, inflação, e em menor grau do desemprego, somada a expansão da atividade econômica sinalizam um processo de recuperação da economia e um crescimento ainda maior para o ano de 2018. “É relevante ressaltar que os pontos destacados nesta carta ocorreram ao longo de 2017, em 2018 já entraremos com esses aspectos em voga desde o início do ano, portanto, os efeitos positivos poderão ser mais perceptíveis”, explica Rodrigues. Em Santa Catarina não será diferente. O estado já demonstra uma recuperação mais consistente e de forma mais rápida. Este movimento tende a ser contínuo e presente também em 2018.

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acill



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