AFEGANISTÃO: OUTRO VIETNÃ À VISTA? – Quais os riscos dessa tomada de Cabul? O terror sai fortalecido? E a geopolítica pesou na decisão dos EUA?

AFEGANISTÃO: OUTRO VIETNÃ À VISTA? – Quais os riscos dessa tomada de Cabul? O terror sai fortalecido? E a geopolítica pesou na decisão dos EUA?

FOTO: STOCK (FREE)

 

JOE BIDEN ARGUMENTA QUE SEUS OPOSITORES NA GEOPOLÍTICA SÓ TINHAM VANTAGEM COM EUA NO AFEGANISTÃO

 

UMA RETIRADA HUMILHANTE, PIOR QUE A DO IRÃ

 

Dizendo que apenas cumpriu o acordo de Trump com o Talibã Afegão de sair a partir de maio deste ano de lá, o presidente Biden lembrou que a permanência das tropas naquele país interessam mais aos atores adversários de seu país (concorrentes comerciais e ideológicos como Rússia e China) que aos americanos.

Além de perder vidas numa ação que não é de interesse nacional, gastariam trilhões de dólares na continuidade de uma luta da qual nem os afegãos participam ativamente.

Está claro, então, que a geopolítica também pesou na decisão.

 

O DESESPERO DE AFEGÃOS PARA FUGIR DO EMIRADO A SER REIMPLANTADO NO AFEGANISTÃO

 

A corrida, primeiro, foi aos bancos e aos aeroportos.

E representações diplomáticas também saíram às pressas, antes do Talibã chegar.

 

UM POUCO DA HISTÓRIA DESSA QUESTÃO

Tudo começou em 1994, quando o grupo fundamentalista islâmico foi criado no norte do Paquistão. Após a retirada da União Soviética de lá ficou fácil para esse grupo do país fronteiriço tomar o país.

Em 1996, após confrontos com facções no Afeganistão, o Talibã capturou Cabul – capital – e derrubou o regime do então presidente, Burhanuddin Rabbani. Aí estava criado o clima e o espaço para instituição do Emirado Islâmico do Afeganistão.

Já em 2001 após cinco anos no poder, o Emirado cai com os ataques de uma coalizão militar liderada pelos EUA. Tudo porque os americanos alegavam que o Talibã protegia a rede terrorista Al Qaeda, que atacou, em 11 de setembro, o World Trade Center.

Próximo lance da história foi em 2012, quando, organizando-se no exterior, a começar pelo Paquistão, o grupo Talibã realiza um dos ataques de maior repercussão internacional. Atira na estudante paquistanesa Malala Yousafzai, então com 14 anos, uma das oponentes ferrenhas e públicas ao Talibã.

Finalmente, em fevereiro de 2020 o grupo assina um acordo de paz histórico com os EUA, que mantinhas tropas no Afeganistão desde 2001. Objetivo: colocar fim a um conflito de quase 20 anos. Em outubro do ano passado, o republicano Donald Trump, então presidente, anunciou a retirada das forças americanas até maio deste ano.

 

POR: ERON PORTAL

 

E AGORA, QUAIS AS PREOCUPAÇÕES?

 

AS PERGUNTAS QUE MAIS INTERESSAM E AS MAIS INSISTENTES

 

A quem interessa, além de ser objetivo da própria organização? E quem ajuda a financiar organizações como o Talibã e a Al-Qaeda? Certamente um leque de interessados é que mantém essas organizações em pé. O Talibã estava há tanto tempo fora do poder, no Afeganistão, e sempre com atividades e ações que custam muito dinheiro. Tantas armas, tanta mobilização…

De onde vem tudo isso? Seria apenas a força do pensamento islâmico? Não deve ser. É óbvio que o sistema anti Ocidente, anti americano e o comércio internacional também devem estar por trás disso.

Esses fundamentalistas hipócritas, que condenam o conforto da civilização, mas o usam quando lhes favorece, são da era das cavernas e de instintos da era da pedra, quando o assunto é tratar com os mais fracos e inocentes, especialmente mulheres e crianças… 

 

Tudo indica que o governo Biden acaba de dar um tiro n’água, para  não dizer um tiro no pé. É possível que a retirada do apoio militar ao governo Afegão ainda tenha um efeito bumerangue.

Além – é claro – do risco do crescimento do extremismo, é possível que tenha criado condições de conflitos com os vizinhos visando expansão. Todos sabem da volúpia do sistema que assumiu o Afeganistão nutre por territórios e gente para escravizar, explorar e usar para satisfazer seus instintos animalescos e primitivos.

Perigo!

Todos sabem que o Paquistão, ali no lado, tem armas nucleares, coisa que seduz essa gente louca e radical.

Certamente na eventualidade de os Estados Unidos terem de retornar ao Afeganistão, será para guerrear, não apenas para apoiar e manter um governo no poder.

Apesar de que o governo de Cabul não gozava de boa reputação, o fato é que, se Biden tiver de intervir novamente lá, “PROVAVELMENTE ESTARÁ CRIADA OUTRA GUERRA DO VIETNÔ…

 

 

 

 

 

 



Politica de Privacidade!