Na posse, Paulo Guedes deu a dica mas passou despercebida: todos estavam encantados com as medidas anti-crime e corrupção. Saiba detalhes aqui.
O Ministro da Economia, Paulo Guedes, deu a dica de como ganhar tempo e operar as reformas para consertar o Brasil e fazê-lo crescer: desvincular tudo no orçamento para dar mobilidade e fazer rápido o ajuste fiscal, com as privatizações, a redução da máquina e a reforma da Previdência.
Desvincular tudo no orçamento daria mais agilidade porque possibilitaria fazer muita coisa por Medida Provisória, Lei Complementar e Decretos. Desde que não sejam causas pétreas. E não seria um cheque em branco porque tudo teria de passar no Legislativo.
Seria, então, uma aprovação por tabela. Não seria antipática porque os efeitos já surgiriam a olho nu no mercado e na opinião pública. Fazendo rápido, enquanto perdure a lua de mel do governo com o povo, as medidas impactariam mais forte ainda na bolsa, no câmbio e no dia dia a dia das pessoas.
Exemplo disso foi a reação do mercado no primeiro dia útil do ano, quando a bolsa bateu o recorde de mais de uma década, o dólar caiu e a esperança do brasileiro e do setor produtivo aumentou. Teria sido resultado dos sinais positivos dados pelo novo Governo em relação às reformas e às privatizações, entre elas a da Eletrobras.
Com o novo cenário, com certeza o Congresso embarcaria na onda e praticamente referendaria o que o Governo enviasse legitimado pelos resultados que já estriam acontecendo.
…………….
OPINIÃO
Cada governo anterior fez sucesso no começo apresentando uma fórmula mágica ou se apoiando em planos ou ondas positivas que os levaram ao estrelato.
Um exemplo clássico foi o ex-presidente FHC que conseguiu a estabilidade econômica através do Plano Real. A URV foi a fórmula mágica para estacar a hiperinflação. Aí vieram por gravidade as aprovações das privatizações, do ajuste fiscal, da redução da máquina e até a da reeleição que perdura até hoje.
Os dois governos do PT se apoiaram na onda internacional favorável aos governos de esquerda que simbolizavam ascensão popular ao poder e em medidas surpreendentes em relação ao mercado e ao sistema financeiro. Como suporte à popularidade, agiam fortemente na área social com o instituto das bolsas de adulação aos pobres.
MERGULHO NA HISTÓRIA
Regredindo um pouco mais: Fernando Collor deu esperanças de fulminar a inflação e atirou forte munição contra os privilégios (como a promessa de caça aos marajás); José Sarey veio com o Plano Cruzado, tendo o brasileiro como fiscal do governo contra a carestia; os governos militares iniciaram a operação do milagre brasileiro via investimento em infraestrutura e estímulo às exportações; João Goulart pregou a participação do cidadão como solução para tirar o País do momento de incerteza e transição para fazer a travessia a um regime novo.
E o ex-presidente mais emblemático – Juscelino Kubitscheck – operou o planto “crescer 50 anos em cinco”. Interiorizou o desenvolvimento industrial e agrário com a construção de Brasília, o traçado de rodovias, com a indústria automobilística pôs o País sobre 4 pneus e de visibilidade às commodities identidade no cenário internacional.
Deixe Seu Comentários