ERON Portal, Lages/SC – A prefeita de Palmeira, Fernanda Córdova/PR, pode ser considerada uma das revelações políticas da região. Vem sendo muito bem recebida pelos colegas, tem postura e conquista autoridade facilmente.
Assim que se elegeu já foi à luta em busca de contatos, perspectivas para seu município e aprendizado. É uma boa estratégia chegar cedo, dizendo: “estou aqui, sou prefeita”. Veja só a visão dela: “não há gestão sustentável sem Planejamento”. Essa mulher não é fraca.
Seu primeiro passo foi procurar o PR e o deputado Jorginho Mello. Já esteve na Assembleia Legislativa e no Governo do Estado. Carismática, elegante e de boa aparência, impressiona por onde passa.
Contudo, a chave do sucesso crescente dessa liderança emergente deve estar no conteúdo, no preparo (tem formação superior em administração) e na determinação. Constatei isso, apenas ao ouvi-la falar e em minha pesquisa própria. Ainda nem a entrevistei pessoalmente. Ela foi vereadora e presidente da Câmara.
Como única representante feminina entre os colegas da Amures, é natural que receba mais atenção. Mas, com certeza, é mais pelas suas qualidades pessoais, que por uma questão de gênero e beleza.
Vem conquistando espaço já no começo da atual gestão dos prefeitos. Logo foi eleita para dirigir o Consórcio de Saúde e agora chegou à 2ª vice-presidência da nova diretoria.
A prioridade de longo prazo em Palmeira é o Planejamento. Neste inicio, a prioridade é concluir as obras da creche. Disse que é uma vergonha a construção já se arrastar por mais de seis anos. A Prefeitura paga aluguel e o espaço atual para o ensino infantil é próximo à rodovia. Vai concentrar energias também na melhoria das estradas e na Saúde. Ainda vamos ouvir falar muito dela e de Palmeira.
Os cargos que faltavam na nova diretoria da Amures foram preenchidos com a eleição da última sexta, dia 10. Presidente – Luz Carlos Xavier, o Tio Ligas/PSD de Otacílio Costa; 1º vice-presidente – Antônio Zilli/PSDB, de Urubici; 2ª Vice- presidente – Fernanda Córdova/PR, de Palmeira.
Jovem Município
Apesar de muito jovem, o município de Palmeira tem uma economia pujante e vem alcançando crescente prosperidade. Agora, tem visão nova e sensibilidade feminina na Prefeitura.
Emancipado em 18 de agosto de 1995, conta com 2.562 habitantes, segundo o Censo do IBGE/2010. A maioria dessa população está no campo, como em todo município com base econômica rural.
Seu maior potencial está nos reflorestamentos, no impacto da próxima indústria de papel e em outras importantes empresas industriais, inclusive na área química.
Seu IDH é de 0.755; seu PIB é de R$39,4 milhões; e R$16,2 mil de renda per capita. Limita-se com Lages, Correia Pinto, Ponte Alta e Otacílio Costa.
Entre os responsáveis pelo retorno de impostos, destaque para as indústrias Avanex e a Resicol. Indiretamente, Palmeira é beneficiada pela proximidade com a Klabin (que precisa de transporte e estimula produção de madeira). No Turismo, com a Pousada Rural do SESC na divisa com Lages. Os reflorestamentos e a agropecuária são os dois pilares da economia local. Seu comércio é emergente.
Na estrutura pública, possui um belo Parque de Eventos, uma boa rede na Saúde e na Educação. A sede administrativa conta com modernas instalações para a Prefeitura e a Câmara de vereadores.
Uma tendência
No final do século passado houve a necessidade de incentivo à emancipação de distritos. Lages possuía uma enorme extensão territorial, mas estava atrasada na economia em relação às outras regiões. Era o fim do ciclo da madeira.
Inicialmente, se desmembraram de Lages Otacílio Costa e Correria Ponto. Levaram 45% do movimento econômico, pois os dois distritos sediavam a então Olynkraft e a PCC.
Posteriormente, emanciparam-se os distritos de Bocaina, Painel, Capão Alto e Palmeira, que deixou Otacílio Costa. Hoje, Lages recuperou seus índices econômicos, até porque a região cresceu com a participação dos novos municípios no bolo do ICMS e no FPM e a vinda de mais gente e os investimentos privados.
A Serra Catarinense, apesar de ainda ser a última fronteira do desenvolvimento do Estado, é uma das áreas que mais crescem em SC. Aqui há muito espaço e está quase tudo por fazer.
Há 36 anos que acompanho a política, as administrações e a economia desta região. O ex-deputado, ex-secretário, ex-vice-prefeito de Lages, e hoje integrante do Colegiado do Governo do Estado, Ivan Ranzolin, sempre foi um dos maiores incentivadores da criação de municípios. Sempre concordei com ele e vejo que seu projeto cosmopolita foi acertado.
Pergunto: se Otacílio Costa ainda pertencesse para Lages, o que seria de Palmeira? Uma simples vila do distrito de um distrito. Este, por sua vez, seria uma Intendência capenga para atender a seus moradores nas políticas públicas básicas nas necessidades básicas. As emancipações foram uma tendência natural dos novos tempos.
E as outras cidades que hoje formam um importante mercado para a economia de Lages e região? O que seriam? Com certeza, Lages seria o maior município Estado, porém apenas em extensão territorial.
Suas Intendências, munidas de sucatas para tapear na conservação das estradas, é que responderiam pelo e apoio à agropecuária e ao atendimento às pessoas.
Fotos: Eron, Alisson Magalhães e Olivete Salmória.
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