NOVO EIXO PARA O DESENVOLVIMENTO – Indústrias sem chaminé e empreendedorismo

NOVO EIXO PARA O DESENVOLVIMENTO – Indústrias sem chaminé e empreendedorismo

O Editorial aqui do Portal desta semana é sobre a busca de um processo de  desenvolvimento sintonizado com as tendências, que também é o pensamento de experimentadas lideranças.

Por questões óbvias, são três as principais idéias que mais se assemelham: criar um novo eixo do desenvolvimento, com as indústrias sem chaminé; empreendedorismo de dentro para fora e de fora para dentro; e duplicação e privatização da BR-282.

O empresário Roberto Amaral, por exemplo, sugere o estímulo à criação das indústrias sem chaminé. São aquelas no turismo e na inovação. O empreendedorismo com o apoio de fora para dentro e o apoio de dentro para fora; e a questão da logística, onde entra a salvação da demanda na BR-282.

Hoje, o universo da demanda por emprego em Lages é de mais de 30 mil pessoas. Então, o processo pulverizado é o ideal por ter respostas mais rápidas e porque sua implantação custa menos.

O pensamento do nosso Editorial: salvação da demanda da BR-282; criação de um novo eixo de desenvolvimento; e empreendedorismo profissional e dentro das tendências.

No Turismo de Serra: criação do Circuito Turístico de Serra, integrando a Serra do Rio do Rastro às cidades com turismo já consolidado, criação de atrações artificiais como a Plataforma de Vidro e o Teleférico na Serra do Rio do Rastro, uma estrutura para realização de eventos turísticos junto à natureza na Coxilha Rica; e a criação de uma linha da Maria Fumaça do aeroporto de Correia Pinto até lá na Coxilha.

O novo eixo: indústria sem chaminé (no turismo e na inovação), empreendedorismo profissionalizado e sintonizado com os novos tempos e atrações de mais consumidores de nossos produtos turísticos para gerar trabalho e renda.

 

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Agora compare a visão de Amaral com nosso editorial

Nosso negócio não é a indústria tradicional, é a sem chaminé: Turismo e a inovação.

Precisamos atrair gente para transformar em riquezas nosso potencial. Nosso negócio é a indústria sem chaminé com o turismo e a inovação. O modelo ideal é criarmos a cultura do empreendedorismo profissional, voltado para o trabalho e o conhecimento. Temos belezas naturais, clima diferenciado, gastronomia típica, cultura e história. Mas, apesar dos investimentos do poder público em bons equipamentos artificiais e diferenciais urbanos, tudo é iluminado para o silêncio da noite. Não há massa consumidora para nossos atrativos. Etão, o desafio é trazer gente par cá.

Para começar, precisamos equacionar a questão da logística, onde entra a BR-282. Não somos a favor do pedágio, muito menos da privatização de qualquer bem público sem a devida compensação. Mas essa vai ser a saída para a solução dos problemas da logística da Serra e para a segurança na BR-282 e para o governo evitar mais gastos. Essa rodovia será fundamental para alavancar o turismo de serra.

Ocorre que, sem dinheiro, o Governo Federal vai ter de recorrer às concessões para duplicar, revitalizar ou construir suas rodovias. E a BR-282 é um desses casos. Até será difícil conseguir uma proposta por questão de baixa demanda.

E do jeito que vai, a concessão será a única forma de salvar a rodovia e Lages. É que assim que for concluída a duplicação e a concessão da BR-470, o tráfego do Oeste que passa por Lages irá para o Vale do Itajaí. Aí, vamos sentir um baque em nossos serviços.

E é ai que está o X da  questão para alavancar a economia com um novo eixo na indústria sem chaminé, onde está o turismo e a inovação.  Para a demanda na BR-282 há algumas saídas: incentivar o turismo de serra integrado os municípios que já têm essa atividade consolidada é uma delas.

Seria o circuito entre a Serra do Rio do Rastro, Bom Jardim da Serra, Urubici, São Joaquim, Urupema e Lages. O desafio é atrair gente para consumir nossas belezas naturais, os produtos típicos e viver a energia a tranqüilidade do lugar.

Então, investir em projetos que nos fortaleça como um novo destino turístico, em eventos e em equipamentos artificiais atrairia gente. Seria tipo a Plataforma de Vidro e o Teleférico, na Serra do Rio do Rastro.

Outra atração seria a Coxilha Rica, onde poderia ser construída uma estrutura para eventos junto à natureza. Já está saindo um asfalto até lá e temos a ferrovia para transportar a estrutura de shows até veículos.

Uma Linha da Maria Fumaça, do aeroporto em Correia Pinto até lá, seria outro projeto de futuro. Agradaria por ser uma viagem inesquecível e cinematográfica, um passeio ao passado.

Equipamentos como os três acima (Plataforma, Teleférico e a Maria Fumaça) atrairiam gente do mundo inteiro. Como já temos o que Deus nos deu: uma natureza incomum, clima e localização adequada. Faltaria criarmos mais um grande evento como fez o RS, que criou o Festival de Cinema de Gramado.

É aí que entra a questão da força política da representação. Este ano temos eleição e o desafio do voto regional que nos fortalece. Eleger gente comprometida com algumas bandeiras pelo desenvolvimento é o melhor caminho.

Entidades como a ACIL, CDL e AMURES são instrumentos importantes para mobilizar lideranças em torno de nossos candidatos. Já fizemos isso no passado e até dobramos a representação, além de chagar ao Centro Administrativo com um governador. Mesmo que no caso do poder estadual também tenha sido por circunstâncias.

Vale destacar que a partir de agora o consumo no turismo será o de tranqüilidade, de lugares longe da correria e da violência das áreas urbanas. Também por destinos onde o turista não dependa de tanta mobilidade urbana.

Só um problema é crônico entre nós: o capital para nosso desafio de buscar novas massas consumidoras. Temos potencial, bons equipamentos, belezas naturais e clima único no País, mas, geralmente tudo é iluminado para o silêncio da noite. Quer dizer: falta gente para consumi-los, para vivê-los

Agora teremos um centro de cidade dos mais bonitos do Estado. O Mercado Público vai ser revitalizado. Investimentos estão chegando como a fábrica de madeiras que está dentro da vocação de nossa cadeia produtiva florestal.

Agora temos um aeroporto que logo entra em operação, novos empreendimentos hoteleiros iniciados, temos as fazendas de turismo rural que só precisam de mais profissionalização e de nova mentalidade, cultura, história e uma gastronomia que encanta todos os que aqui chegam. Está pronto, então, o cenário para o turismo de serra.

Precisamos entender, no entanto, que o nosso negócio não é a indústria pesada poluidora. Talvez apenas a indústria de inovação e a da madeira é que seriam as mais adequadas. Está escrito: a atividade que deveremos perseguir, a mais indicada e dentro de nossa vocação, é a indústria sem chaminé: o Turismo.



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