Olimpíadas vieram em tempos de falsa prosperidade
Críticos ferrenhos a gastos nada prioritários como os das Olimpíadas Rio 2016, questionam se é mais urgente investir num evento com jogos mais para o consumo das elites que priorizar soluções para as mazelas crônicas do País. Ainda mais no momento histórico de uma crise econômica e política.
Há quem lembre que ganhamos as Olimpíadas porque na época da escolha do Rio como sede, há 07 anos, vivíamos uma falsa prosperidade.
A imagem que tínhamos no exterior era de um País que dera a volta por cima e que “iria bombar” com o Presal. Um País onde casa e comida passariam a ser por conta do Governo; que iria passar ileso por tudo que era crise que viesse “talvez com simples marolinhas”!
Quer dizer: de uma hora para outra já éramos uma potência que até empréstimo poderia fazer “aos povos mais pobres”. Realmente éramos ninjas no convencimento perante o cenário internacional!
Creio que a intenção fora inflar ainda mais essa imagem lá fora, com as vitrines que os dois maiores eventos do Planeta – a Copa do Mundo e as Olimpíadas – nos proporcionariam.
Na Copa já começaram os fiascos. Ameaçaram-nos até com chutes no traseiro para que cumpríssemos com mais agilidade as obrigações com os preparativos. O legado maior foram alguns elefantes brancos, como a Arena Pantanal, por exemplo. Obras inacabadas ou que nunca saíram do papel e promessas não cumpridas. Sem falar, é claro, nas sonoras vaias a autoridades e no vexame dos 7 a 1 que a Alemanha nos aplicou.
Agora estamos na contagem regressiva para a abertura das Olimpíadas. O doído é que a cada dia levamos um susto com notícias negativas bombástica na mídia internacional. Os maiores jornais do Planeta, freqüentemente, nos brindam com editoriais sobre uma realidade que não é nada daquilo que vivíamos na época da escolha da sede para estas Olimpíadas.
Citam-nos como o berço da Zika, do caos na Saúde Pública, da corrupção (que não há como esconder), da violência crescente, do bandido mais armado que a polícia e dos peixes que se afogam na M… da Baia da Guanabara.
Não se trata de azedume crônico ou de aversão aos jogos Olímpicos. Apenas há que se questionar se estamos em condições de priorizar tanto dinheiro para um congraçamento de povos ricos e delegações ávidas por mordomias e prazeres. Não existem tantas urgências para colocarmos os recursos registrados no impostômetro que revela os resultados de mais de R$ 1,3 trilhão de nossa poderosa máquina arrecadadora?
Confesso que gosto dos jogos e certamente irei, com muito orgulho, até pelo Brasil, assisti-los pela TV e torcer pelo sucesso dessa empreitada. Até porque não há como não entrar no clima. Além disso, agora que o Mateus foi parido, com a nossa indiferença, também é nosso o dever de ajudar a embalá-lo. Vamos fazer nossa parte, sob pena de ainda pagarmos o maior mico da História, muito maior que o dos 7 a 1 do Mineirão.
Boas Olimpíadas!
E que Deus nos ajude!
E Ele nos ajudará!
ERON PORTAL
Estamos inaugurando este novo espaço para divulgar as coisas de Lages e região. Além disso, vamos dar pinceladas em nível estadual e nacional, relacionadas àquilo que diga respeito mais de perto a nós. Trata-se do ERON PORTAL, onde pretendemos imprimir a mesma dinâmica da coluna Eron J Silva do Jornal O Momento.
Nosso foco será a política e a economia, porém, estaremos abordando os mais variados temas e assuntos locais como: cultura, esporte, gente, entretenimento, negócios e o reconhecimento a quem faz. Também estaremos vigilantes, cobrando respostas das autoridades para os interesses das pessoas e da opinião pública.
Geralmente o cidadão sem voz e sem maiores condições, quando esgotadas todas as instâncias no poder público e na Justiça, recorre ao jornalista para se queixar. A imprensa passou a ser a última instância para se tentar reparar uma injustiça, buscar um direito negado ou defender a dignidade humana e a família.
Felizmente o Brasil evoluiu assustadoramente e vivemos um brutal avanço tecnológico, possibilitando a Internet como um canal de mídia mais democrática e eficaz para a comunicação entre as pessoas. Portanto, vontade para trabalhar a gente tem e fazer notícias é a nossa praia. Então, como não custa muito manter um espaço como este, com certeza daqui em diante teremos muito a conviver e a lutar em defesa de um mundo melhor. Seja bem vindo para uma boa leitura, buscar informações, conhecimento e ajuda nas suas horas difíceis.
As civilizações são cíclicas
Se apenas a Filosofia resolvesse, a República de Platão não teria sido a primeira utopia da História. Hoje, cerca de 2.300 anos após, a Grécia continua sendo um berço de frases feitas, de direitos sem ter de onde tirar como prover e uma das maiores falências da Europa.
É um belo exemplo de que na História da Humanidade as civilizações sempre foram cíclicas. Foi assim na Grécia Antiga, depois na China e no Império Romano.
Nos últimos séculos, vira e mexe e determinadas regiões do Planeta enfrentam ameaças de profunda decadência. É que, cada vez mais, caminhamos para um mundo onde o que melhor funciona é o resultado prático, o pragmatismo, a iniciativa e a decisão rápida. Até mesmo no Oriente, as tradicionais teorias e o misticismo estão sendo substituídos por realidades e costumes mais contemporâneos.
Na Europa, caminha para o fim mais um ciclo, com a possiblidade de desintegração do Mercado Comum Europeu, a atual Comunidade Econômica Europeia.
Resumo – “Se apenas a Filosofia resolvesse a Grécia não seria, hoje, um mero exemplo de falência quase que irrecuperável”. Vivemos o tempo do resultado prático, da eficácia e a eficiências caminhando juntas. Porém, intelectuais e sonhadores ainda insistem em construir falsas prosperidades. Como aqui no Brasil nas últimas duas décadas.
ERON PORTAL