VEREADOR POLÊMICO É CASSADO – Veja tudo na reportagem da Kátia Pêggo enviada especial do Eron Portal

VEREADOR POLÊMICO É CASSADO – Veja tudo na reportagem da Kátia Pêggo enviada especial do Eron Portal

O nosso leitor pode indagar por que o espaço a essa história do ex-vereador Boca Aberta, de Londrina/PR. É que o perfil do vereador em questão, o mais votado do Paraná, é comum em muita Câmara por aí. Inclusive aqui em Lages há dois com esse destilo de atuar. Um deles estaria ameaçado por uma comissão processante.

 

REPORTAGEM DA SEMANA

Jornalista Kátia Pêggo – especial para o eronportal.com.br

 

O excêntrico e polêmico vereador mais votado do Paraná – mais conhecido por Boca Aberta –  perde o cargo acusado de falta de decoro, perseguição, difamação e injúria.

 

Boca Aberta fez praticamente toda sua campanha investigando desmandos, atos de corrupção, incompetência e mau atendimento na Saúde e na Educação de Londrina/PR.

Era comum vê-lo aos sábados numa bicicleta elétrica e um alto falante percorrendo as ruas e denunciando o que descobria de errado, como: “atos de uma facção criminosas” contra a população necessitada e humilde.

Perfil diferente.

O ex-vereador Emerson Petriv é, talvez, o que tenha o perfil mais esquisito e excêntrico do país.

Mesmo após ser cassado por falar a verdade sobre os adversários na câmara e a equipe do prefeito de Londrina, continua mais atuante ainda no seu estilo polêmico.

Uma das sugestões da comissão processante da Câmara que o cassou, foi de que ele fosse condenado, preso e que pelo mesmo cumprisse pena em casa usando tornozeleira eletrônica.

Após a cassação passou a circular em sua Bike usando tornozeleira eletrônica e com o mesmo discurso contundente. Diz que a tornozeleira eletrônica simboliza o cumprimento de pena por seus desafetos.

Então, um excêntrico e polêmico, um dos vereadores mais votados do Sul do Brasil, perdeu o cargo por falar a verdade. Ele se diz perseguido por políticos que chama de “facção criminosa”.

 

Veja a íntegra da reportagem da Jornalista Kátia Pêggo, enviada especial do eronportal.com.br a Londrina, para ouvir pessoalmente o vereador Boca Aberta.

 

Carregando uma tornozeleira eletrônica, mais de 80 processos e usando um colete à prova de balas, Emerson Petriv (PR), o Boca Aberta, como prefere ser chamado, passou a ser conhecido no País, após fiscalização em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade de Londrina.

Também ficou muito conhecido pelo seu jeito excêntrico de lidar com outros políticos e de falar de corrupção. Não tem papas na língua, daí ter ficado mais conhecido por Boca Aberta, alcunha que não é por ser parado, trouxa ou burro, mas, por abrir demais a vocal.

Já nos primeiros dias de seu mandato como vereador em 2017, Boca Aberta se envolveu em confusão com médicos e enfermeiros dentro de uma UPA, quando durante a madrugada, decidiu fiscalizar o atendimento da unidade. De acordo com Boca Aberta, ele havia recebido denúncias de que a espera por atendimento naquela unidade demorava até 14 horas, enquanto médicos dormiam.

Acompanhado de seu filho que filmava tudo, Boca Aberta conferiu a escala de médicos plantonistas e detectou irregularidades, entre elas, o nome de uma mesma médica aparecia para os três turnos. Foi aí que, segundo o vereador, a médica citada tentou agredir seu filho tentando tomar as gravações. Boca Aberta, então, chamou a polícia.

 

O campeão de votos e a curta trajetória

 

Questionado se ele se considera um político polêmico, Boca Aberta diz que “polêmico sim, mas político não. Atendi um chamado da população, que ansiava por uma pessoa que não tivesse medo de meter a cara e falar a verdade”, explilcou.

Com caixas de sons acopladas em uma bicicleta, Boca Aberta iniciou em 2012, o que o tornaria cada vez mais conhecido na cidade de Londrina e região. Em quase todas as manhãs circulava pelas ruas denunciando problemas nos setores públicos e por muitas vezes, causando constrangimento a políticos que encontrava em seu caminho.

Mesmo não se considerando um político, Boca Aberta tem experiência no mundo parlamentar, já que entre 2007 e 2010 foi assessor do então deputado estadual Antonio Belinati.

Escandaloso e popular, Boca Aberta foi eleito em Londrina com quase 11,5 mil votos, sendo assim, o vereador mais votado do Paraná em 2016. Acusado por quebra de decoro parlamentar – por fazer vaquinha em rede social para pagar uma multa eleitoral – no dia 15 de outubro, depois de mais de nove horas de sessão, do total de 19 vereadores, 14 votaram a favor de sua cassação. “Fui perseguido e cassado porque não sentei nem comi da mesma lavagem no cocho dos porcos”, acusa o ex-vereador.

Assim, Boca Aberta cumpriu apenas 10 meses de mandato. Durante esse período, o então vereador, doava parte de seu salário para o Hospital do Câncer. Mensalmente um representante do hospital participava “ao vivo” de um programa de TV onde recebia das mãos do vereador cerca de 8 mil reais. Em cada ocasião o vereador informava os descontos, retirava para si R$ 1.920 – valor equivalente ao salário de um professor em início de carreira – enviando o restante ao Hospital do Câncer.

 

Processos, tornozeleira e futuro político

 

Pela confusão protagonizada com enfermeiros e médicos da UPA em janeiro de 2017, o ex-vereador foi enquadrado por perturbação de sossego e condenado a 22 dias de prisão em regime semiaberto.

Apesar de ter dezenas de processos correndo na justiça, Boca Aberta não perde tempo em acusar seus ex companheiros de legislatura, e garante ter provas de tudo o que diz. Acusando publicamente os vereadores Mário Takahashi (PV) e Rony Alves (PTB), de participação em facção criminosa, diz não temer nada por estar defendendo o povo.

No dia 24 de janeiro desde ano, os vereadores Mário Takahashi, então presidente da Câmara, e Rony Alves foram alvos da Operação Zona Residencial 3 (ZR3), onde o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) apura esquema de pagamento de propina para liberação de loteamentos.

Boca Aberta descumpriu uma ordem judicial de se manter distância no mínimo 500 metros dos dois vereadores Aproximou-se quando os investigados foram receber as tornozeleiras eletrônicas.

As medidas protetivas que Takahashi e Alves possuem contra Boca Aberta, se devem a uma confusão que protagonizaram juntamente com um terceiro edil, Jamil Janene, em frente ao prédio da Câmara Municipal de Londrina, um dia após a cassação de Boca.

Por se sentirem ameaçados, os três pediram medidas protetivas. Ao se aproximar dos vereadores investigados, Boca Aberta também foi condenado a usar tornozeleira, passando a ser monitorado ao cumprir as medidas judiciais de não se aproximar dos três vereadores.

Boca Aberta garante que deve cumprir a medida chamando sua tornozeleira de “tornozeleira anticorrupção” e afirma não querer mais tira-la. “Todos sabem o motivo por eu estar usando essa tornozeleira. Não sou bandido”, diz.

Mesmo com a condenação que cassou seu mandato de vereador, Boca Aberta diz que será candidato a deputado estadual e que continuará defendendo o povo com a mesma veemência de sempre. Questionado se pretende mudar alguma atitude, caso venha ser eleito ao cargo Estadual, diz que não vai mudar em nada e continuará “batendo de frente com quem quer que seja em defesa do povo”.DSC_0411 DSC_0390 DSC_0403 - Copia



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