SOMOS FELIZES E NEM SABEMOS – Sentiremos saudade do Governo do Estado

SOMOS FELIZES E NEM SABEMOS – Sentiremos saudade do Governo do Estado

O que passarei a escrever agora é sem nenhum interesse em especial e longe de ser qualquer pagamento ou reembolso por eventuais favores, benefícios ou privilégios pessoais. Nunca tive nada disso no atual governo.

Esta é minha serena e fria análise do governo de nosso conterrâneo. O que farei, sim, é passar minha visão profissional e técnica, fruto da minha vivência político-administrativa. É um alerta do que poderá vir após a passagem de um lageano no Poder Estadual, após 50 anos.

Creio que iremos descobrir, ainda este ano, que éramos felizes e nem sabíamos. Muita gente, por desinformação, ou, talvez, porque não recebeu algum benefício pessoal, hoje, bate boca pelas esquinas. Numa espécie de lugar comum, sem o menor fundamento, não falta quem diga que, sendo daqui, o governador fez muito pouco por Lages.

Esses aí serão os primeiros a mudar de opinião e a sentir saudade. Porque são aqueles que sentem inveja do sucesso dos outros. Que sentem a dor pela alegria alheia.

Nem quero falar dos investimentos de mais de UM BILHÃO E SETECENTOS MILHÕES em nossa região. Nem lembrar que os governadores anteriores, um a um, não chegaram nem a um terço disso. Nem precisa dizer que o que vinha era apenas aquilo carimbado como obrigação legal. Ou seja: só vinha o feijão com arroz.

Vou pegar apenas o apoio do Estado para os hospitais, por exemplo. Quando cessar o que o governo repassa, hoje, cadê o atendimento aos doentes, à emergência, aos idosos, às crianças e às gestantes?

Mais saudade ainda, iremos sentir quando o governador que se eleger este ano vier aqui trazer migalhas e em troca de dividendos políticos. Novos ocupantes de cargos, seus representantes medíocres, estarão interessados é nos  benefícios pessoais, ou no cabide de emprego e com o nepotismo.

E os prefeitos pidões, medíocres, alguns oportunistas e incompetentes? Aqueles mesmos que andam reclamando por aí? Não passam de mal agradecidos, ingratos! Alguns irão até virar o coxo na eleição.

Mas, deixa pra lá! Eles vão sentir na pele o quanto dói uma saudade e como será a vida do seu município sem um FUNDAN, um convênio de socorro em horas difíceis e obras aqui e acolá.

Ainda bem que tenho este espaço que não deve satisfação e nem favor a nenhum político carreirista. Aqui será, cada vez mais, um palanque para a opinião pública consciente falar e balizar seu pensamento.

Será um espaço que sempre respeitará a Lei e o direito do outro. Um lugar de exercício do espírito democrático e sempre pautado pela verdade.

Com certeza, este será um espaço que toda manhã vai procurar ajudar a clarear as consciências da opinião pública qualificada, como dizia Nereu Ramos.

Finalizando, para que não pareça suspeito eu agora sair com este artigo. E até em nome da credibilidade do texto, preciso dizer que não tive nenhum benefício pessoal, tampouco contrato de prestação de serviço ou cargo no Governo do Estado. Sempre lutei para ajudar um serrano chegar lá, porque meu partido sempre foi Lages.

A rigor, nem sequer uma entrevista em especial em seu gabinete o governador me concedeu, coisa que seria até normal. Afinal, o conheço desde 1981 e creio que acrescentei pelo menos um tijolinho com meu jornalismo político em sua vitoriosa carreira.

Além da admiração que sempre nutri por Raimundo Colombo, ele sempre foi um amigo em especial. Eu o admiro como competente administrador, obstinado tocador de obras e um articulador político de mão cheia.



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